Pode não parecer, mas esse é um poema de amor, de um grande amor; mais uma pitada de humor, sexo, violência e algumas sequelas...Como a vida!
Lobo mau e a Chapéuzinho
pelo bosque se agarravam;
se perdiam do caminho,
mas no atalho se encontravam...
Era beijo no cangote,
era roupa que voava;
eram dois, naquele trote,
nada mais lhes importava!
Mas, chegou o caçador
reclamando uma beirada:
"Uma raspa, por favor!"
Já com a arma engatilhada!
Lobo mau virou uma fera
a rosnar pro caçador
que mostrou-lhe como era
uma bala no tambor!
Chapéuzinho, hora agá,
escondeu o seu sofrer
fez "ménage à trois",
fez o lobo se render...
Chapéuzinho foi artista
fez das tripas, coração;
se vestiu de vigarista
pra salvar o seu lobão!
Todo mundo se fartou
no caminho do atalho;
mas o lobo então surtou
com a moral já em frangalho.
Tem um tal psiquiatra
que escuta as suas queixas;
sabe as dores que o maltrata
branqueando-lhe as madeixas!
O lobão tá se tratando
para não ficar tan-tan;
da cabeça está cuidando
com um tal de lexotan!