Dia dos namorados

Dia dos namorados
 

          Sob meu ponto de vista, dentre as datas comemorativas que ocorrem a todo ano, o Dia dos Namorados é a mais simpática. Não porque fuja do apelo mercantilista que toda e qualquer comemoração acaba assumindo, mas porque o sentido do que se comemora é algo para lá de universal e deveras inspirador.


          Afinal, namorar é bom demais! Transcende qualquer tipo de restrição e não há povo, cultura, credo ou raça, em qualquer tempo, desde que o homem habita a terra, que não tenha no ritual do namoro uma expressão das mais significativas.


          O namoro, em tese, tecnicamente é um ato de conquista, de aproximação para o acasalamento. Mas o ser humano transformou isso tudo numa atividade multifacetada porque se desdobra em vários matizes, desde um simples ânimo de chamar a atenção de alguém que lhe interesse, passando pela necessidade de dar vazão a seus desejos instintivos, chegando até o ápice de manter uma relação amorosa.


          Eu, pessoalmente, penso que namorar é simplesmente colocar o amor para funcionar na prática. O mais sublime dos sentimentos afetivos sai do campo das teses e teorias, das inspirações ensimesmadas e vem à tona em atos explícitos que exteriorizam o bem querer.


          Namorar é lançar-se ao convívio com alguém que se queira bem. É a interação humana ganhando dimensão concreta e buscando fins consequentes. Porque namorar é deixar o amor fermentando aos poucos, até ganhar volume e consistência tal que possa ser servido como o prato principal entre os amantes. É bem verdade que essa massa, vez por outra, acabe desandando porque, como toda atividade humana é recheada de tentativas, erros e acertos.

          Eu já namorei bastante nesta vida. Ainda hoje, namoro o mais que posso. É gostoso e faz bem para pele, além de outras áreas mais remotas no núcleo da alma. 

          Portanto, que se instaure a festa porque é tempo de comemorar o amor!