Essa música, na realidade um batidão, como eu dissera em músicas anteriores é um ritmo criado por cantores da cidade mineira de Ituiutaba, Carlito, Badui e Voninho Intitulados para tanto Os Reis do Batidão onde nas músicas mais expressivas deles “Desquite de pobre é briga e “Mulher sempre mulher” retratam bem o ritmo e eu por cá mantenho a linhagem deste compondo essa música batizada de a volta do conterrâneo.
Nela um sujeito que saiu de sua terra volta saudoso e resolve ficar de vez. O que acontece por esse Brasil afora onde grande parte sai das mais distantes regiões rurais em busca de uma vida melhor nos centros urbanos. Só que a alma fica para trás e um dia ele resolve voltar de vez e morar na terra onde a fusão de corpo e alma trazem calma.
Cheio de alegrias vou voltar pra minha terra,
Rever gente querida que na distância ficou.
Calçar minha botina e andar pelo chão batido,
Ouvir o latido do cachorro caçador.
Nada mais levou-me a sair do meu cantinho,
A não ser o ganho que pra mim não compensou.
Eu não melhorei e a saudade me apertou,
Sem ficar mais rico voltarei pra de onde sou.
Vou com timidez, sim perguntar por um alguém.
Que mora lá na vila filha de um lavrador.
Tomar uns conhaquinhos lá na Venda do Crispim,
Gostar de saber que ninguém se esqueceu de mim.
Chegarei falando que não parto nunca mais,
Pois não taparei o Sol com uma peneira.
Vou tratar de casar com uma moça do lugar.
E não vou mais deixar mais minha terra mineira.