Kau, quantas vezes pensei
Em largar tudo aqui
Pro seus braços fugir
Pela certeza de que
Não há mais horizontes
Que não seja você
Tempo, inimigo sem nome
A lembrança, seu rosto
Que não sai mais de mim
Conto nos dedos os dias
Que passados, tão lentos
Me separam você
Kau, não sei mais esconder
Essas coisas guardadas
Como eu quero dizer!
Fiz tantas canções perfumadas
Que falam das flores,
De um lugar encantado,
Que exalam você
Quando eu puder lhe apontar
As estrelas que vi,
Uma leva o seu nome
Sei que a alegria tem rosto
Vou provar do seu gosto
Quando no mar de anna
Finalmente chegar.
Kau, o seu telefonema
Dá razões p’rum poema
E uma nova canção
Mesmo a distância que dói
E por dentro destrói
Fortalece a razão
De ter toda, toda
A pureza que apaga incertezas
Não se afaste de mim
Você faz de mim um menino
Qualquer bicho ferino
Estou ligado em você!