Ponto parada

É quando tudo desaba

E nada mais faz sentido,

que a gente acaba bebendo

E vai chorar escondido

E vem o nó na garganta

E aquele aperto no peito

Da dor se achar no direito

De fazer ponto parada;

É quando tudo desaba

E que a garrafa esvazia,

O coração quase pára,

Desata numa sangria,

A dor descamba no peito,

A vida se torna escura,

E a gente se desabafa

Numa completa loucura;

Dá prá falar sozinho,

Dá prá ficar calado,

Dá pra sentar nos cantos

Dos bares da cidade,

Dá pra chorar baixinho,

Dá pra sentir saudade.

Autores: Vander Dunguel e São Beto