“Preta” era a fala escrava,
“branca” a do colonizador.
Hoje, todos, em mestiça fala,
cantam coro de mestiça cor.
O branco (3) virgem(1) do algodão (4),
Agasalha (3) no cais (2) o almirante (4),
como o forno, o bolo e o pão (1),
como amor (1) de anjo (1), o errante.
O preto quitute (5) da jabuticaba
dá sabor ao ardor da cachaça (5),
como o samba (5), à ginga da moçada,
como o dengo (5), ao perdão à jaça.
Cede o imperativo do colonizador
à doçura do pedir do escravo.
Cede a mucama (5) ás ordens do sinhô (5).
Os falares se unem como mel e o favo,
bailam, como na primavera, vento e flor (1)
à fala em preto e branco (3), o nosso bravo!
**Os termos assinalados tem origem:
(1) – no latim vulgar;
(2) – no celta;
(3) – no falar suevos ou visigodos
(4) – no árabe
(5) – no falar africano
A canção “Fala em Preto e Branco” e as respectivas apresentações PPS encontram-se nos endereços:
http://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/72328
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/6471377 (infl. do português do colonizador)
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/6477758 (influência africana do escravo)
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