Olhos Amargos
Olhos lançados ao infinito,
dispostos gelados,
na luz fria da manhã...
Pobres, sombreados de
um grafite envelhecido,
há uma saudade em cada gesto,
um triste manifesto,
da alma, num eterno sofrer!
Há sempre um epitáfio, nestas
nuvem que vagam, rumo a eternidade...
A síntese triste, umidece a manhã...
Tudo se vê, num longo olhar,
nublado de uma chuva antiga que passou...
A solidão que leva a tristeza,
suja de dor toda a beleza,
de cada manhã, que veio, e passou...!
Malgaxe