Maricá, uma paixão
As águas que brotam
Das tuas nascentes
Se abraçam tranquilas
E vêm te banhar...
Serpenteiam teu ventre
Fazem vida nascer
Na expressão da beleza,
Terra, sol, verde e mar!
Na tua presença
O tempo não passa
Oh! Menina travessa ...
... O Espraiado a velar
Escondida nas serras
Tens vergonha do olhar,
Me aproximo inseguro
Cheguei Maricá !
Passando, escutei teu cantar,
Iara dos rios, sereia do mar,
Alguém me segura no braço
E diz prá eu ficar
É a deusa das matas
Que vem me saudar,
No portal um sorriso
E um perfume no ar
A luz do farol
Vem no escuro mostrar,
O caminho mais certo
Por onde voltar
O Itapeba-Mombuca
Deságua no mar,
Fui ver Ponta Negra,
Perigosa de entrar
Jaconé e Francês,
Proibidas de ousar,
Caiçaras ardentes
Mostram seu balançar
Tuas aves deslizam no vento
Maritacas, Juritis, sabiás ...
Uma gente que vive feliz,
Com sorriso no olhar
O carinho da brisa no rosto
A certeza de que aqui é o lugar
Trouxe tantos segredos comigo
E hoje vou te contar ...
Não sei se o destino é partir
Oh! Deus, como fui me encantar
Só sei fazer juras de amor
Sou teu, Maricá !