Saudade!
Que nasceste a chorar,
na praia a cintilar,
que ficaste esperando
e foste navegando
sobre as ondas do mar.
Quero fazer um barquito
só para mim, pequenito,
em que possa navegar.
Quero partir para longe
quero viver como um monge
e sozinho recordar...
Saudade!
Longo laço de amor,
esperança na dor...
dos que vivem distantes
e em terras de diamantes
suspiram pelo lar.
Quero encontrar a saudade
sei que ela é a deidade
desta terra lusitana.
Quero ir brincar para a areia
e encontrar essa sereia
nas praias da Taprobana...
E a saudade que eu queria
chegou.
E uma ânsia de voltar,
começou.
E eu voltei mas a saudade
ficou.
Saudade !
Saudade !
Saudade !
Frassino Machado
In CANCIONEIRO