NO MUNDO A VAGAR
Como são tristes os meus dias,
Parecem que não acabam,
Não tenho mais alegrias,
Os sonhos não mais embalam.
Enfrento fortes vendavais,
Na estrada ando a esmo,
Dores n’alma são infernais,
Nada leva a bom termo.
Contudo, eu não reclamo,
Levo a vida mesmo assim,
Procuro um Deus que amo,
O melhor está para vim.
Ando por estrada de espinho,
Sem saber aonde chegar,
Como ave que perdeu seu ninho,
Vivo no mundo a vagar.
Somente a fé me conforta,
Alivia as dores dos meus ais,
Abre-se enfim uma porta,
Vejo belezas celestiais.
Fortaleza, 28/08/2016.