Amor,
As ranhuras em nossas vidas,
não passaram de rabiscos,
Foram alegres, foram tristes,
nos momentos que existiram,
Hoje somente a saudade,
Transformaram em imagens,
que figuram na memória,
maestrando minha história,
Foram riscos na pintura,
de um quadro de Portinari,
que pintava o amor,
como peixes num aquario,
E o que vivo neste tempo,
é saudade que nunca se acaba,
que amanhece e me segue,
até quando estou dorrmindo.
Tais ranhuras do meu amor,
foram rasuras de um tempo,
onde o amor foi tão maluco,
tão insano e tão perfeito,
que marcaram minha carne,
e se fixaram no meu peito,
Tanta dor, tanta alegria,
que me fizeram muitas vezes,
em estado de poesia.
E então o que fazer,
Se este amor não existe mais,
fora do meu peito
e sem ele posso viver,
mas, que na verdade,
estas ranhuras e rabiscos,
que riscaram meu coração,
tem um nome, tem razão,
Eu as chamo de saudade.
Nas entranhas de sua alma,
penetrei os meus sonhos loucos,
e nas cicatrizes desse tempo,
foram morrendo aos poucos.
Mas no tempo que as vivi,
foram intensos, foram insanos,
e com eles aprendi,
Que o amor e suas ranhuras e rabiscos,
não são prioridades do ser humano.