Como a brisa ao cair da tarde,
Sorrateira me lembro de ti,
Uma fragrância meus sentidos invade,
Que chego a sentir-te aqui.
Um delicioso cheiro de jardim,
Numa primavera em flor,
Rosas, bromelias, Jarmim,
Flores que encanta beija-flor.
Fecho os olhos e sinto,
o teu acariciar sereno,
Como o colibri e o absinto,
Perfeito enlace ameno.
Sinto o teu Eu em mim,
dentro do meu âmago profundo,
Como o beija-flor e o jardim,
O belo mais puro do mundo!
Sinto-me um ser apaixonado,
Como dantes não me via,
Um tanto enamorado,
Nesta paixão que a muito não sentia.
Uma melodia perfeita,
daquelas que marca profundamente,
se perpetua no tempo, se estreita,
Em tudo o mais que a gente sente.
O amor bate então, á porta,
querendo enfim, entrar,
Como a chuva que chega e toca,
Os vitrais do amor a se espelhar.
Deixo então que isto me leve,
Até onde o acaso quiser,
Afinal, para que a vida serve!
Se não for para amar uma bela mulher.
E tu, Fernanda, chesgaste neste instante,
Como a flor, o colibris e um jardim,
Florando e perfumando teu ser apaixonante,
Transplantando o teu Eu em Mim!