Hoje e Sempre (06-10-2009, Homenagem a Altemar Dutra, pela obra...e ao santo solo gaúcho, uma pátria, uma paixão)
Deus abençoe o Rio Grande do Sul
Hoje e sempre em nossa memória
Pois ainda não me acostumei sem ti
Não me deixes longe desse azul...
Azul tão fresco e outonal
Lapidado todinho de cinzel
Não me adapto a tantas partidas
Longinqua da beleza colossal
Que o altíssimo fez a pincel
Mas só me lembro em despedidas...
Se partir que seja sem eu ver
Se me deixares que seja lentamente
Não posso crer no todo a padecer
Diga adeus em compaixão latente
E para que eu não chore
Nem nos olhos me olhe
No momento de seguir a vida
Uma a uma, a cada ida...
Vende minha fronte senhor
Mesmo que a ti rogue
E suplique sem pudor
Por um instante de teu toque
Deixe-me na santa paz
De todos que amam esse chão
E arranca de mim o teu jugo
Ao longo da viagem tenaz
Com um único pedaço de pão
Que por hora é simplesmente tudo
Não me custa saber
Ou ao menos entender
A frase solta adormecer
Invente uma desculpa
Mas fique a distancia por favor
Pois não suporto mais um minuto
Dos muitos outros de culpa
Pelo desterro de meu labor
E a desgraça do mero defunto
***