A Travessia
E eis o fim...
Eis que o sol hoje se abate sobre mim
Não há o quê
Nem onde há
E nem há ‘quando’, onde o tempo não está
Não vejo luz, não vejo o céu
Não vejo inferno, nem razão para chorar
E foi-se o véu
Mas não em vão
E finalmente faz sentido ser-estar
É hoje então
Vai começar
Chegou o dia da colheita, e afinal
Se infernal
Ou ao contrário, em delícias mergulhar
É só fim
Aquilo tudo que plantei em meu jardim
Teme a morte só quem vive pelo mal.
.:Ricardo.:.Vieira:.