.:|Olhar|Teso|:.
E aquele par de olhos
Sabes, lindos
Ao fitar, me extasiavam
Entre todos que passavam
E até os que ficavam
Eu sei que atravessava
Multidões com meu olhar
Como se invisíveis fossem
Todos entre tu e eu.
Era teso
A p o g e u
Furtos tantos
Poucos toques
Eis que Um ou outro beijo
Não mais teus
E o enfoque...
... foi perdendo-se nos outros
Pelos cantos.
Nem os deuses ousariam
A nós algo contrapor
Era nítido, evidente
Era certo como a dor
Diante do que foi sentido
Fui o mais humilde escravo
Do Senhor que, então de mim
Se apossou
O desejo imoral
Leia-se "justo"
Tua carne desleal
(que sim, degusto)
São por ato natural
Uma denúncia
Que por mais que sejas d'outro
Impossível haver renúncia
Ao que somos um pr'a outro
A f i n a l .
11nov10
.:|Ricardo|Veira|:.