Quando
Quando outro vem...
Mais um metrô carregado de gente
Mais um caminhão cheio de gado...
Mais um avião acima, de repente,
Quando outro vem...
Mais um ônibus lotado
Mais um tropeço nas filas do mercado
Mais um débito no rombo bancário.
Quando outro vem...
Mais um motim no meio presidiário
Mais um festim - homenagem vazia
Mais um complô de político des-armado,
Pouso os olhos cansados
No que calo e deveria gritar,
No que ralo, falo e deveria calar
No que era vida, entretanto,
Vive a virar desencanto.