O amor nunca se vai, somente sai de férias, depois ele retorna e vem cuspir fagulhas, que acendem um pavio de chamas deletérias que rompem o resguardo de quaisquer patrulhas.
O sangue se alvoroça nas minhas artérias, reage à ebulição, até fazer borbulhas. O espírito se coça, porque a coisa é séria, se escalda nesse rio fervente em que mergulha.
E o coração bombeia o sangue assim fervente. Meu Deus, ai que tortura esse pulsar tão quente e que percorre o corpo até sentir-me em brasa.
E o amor que se ausentara, no voltar pra casa, comete esse atentado que me põe doente. Pressinto uma explosão que ocorra de repente.