Solidão que -pelas costas- me apunhala
sem que eu possa -nem ao menos- defender-me;
é uma dor que lá no fundo se instala
massacrando o coração e a render-me.
Solidão que me transforma num deserto
sem camelos que me levem ao oásis,
sem a sombra da palmeira, que por certo,
curaria todo o mal que tu me fazes.
Me lambuzo nesta idéia de estar só
rodeado -como estou- pelos amigos
que aos poucos, fazem pouco, do meu nó.
Eu adoro quando eles trazem figos
pois me lembro que um dia tive avó
que tirava-me -em segredo- dos castigos.