Outono...

Outono...


Sinto frio
Mas minha alma está quente pelas asas do Onipotente,
Sinto frio
Mas meu espírito está contente e é o mesmo...

Minha vida neste tabernáculo é boa apesar deste clima frio que se sente.
Desde cedo sinto a brisa gelada pelo vento que se sopra e assim adentrou a nova estação
Esses três meses são dele.

E dele os seus pássaros tímidos
Do seu sol que vai e vem nos deixando quase sozinhos por querer ficar só... Escondido!
Das suas árvores que de suas folhas se despem e voa indo cair ao chão
E de seus dias farão do meu dia o sabor do meu bom vinho.
Suas noites febris e as suas madrugadas mui frígidas.
Onde as relvas, as flores e até o telhado de minha casa. 
Receberão pelas manhãs o orvalho dourado derramado pelo beijo molhado desse outono acanhado

E minha alma está quente e o meu espírito é o mesmo...
E Deus também...

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Claudemir Lima