Não posso mesmo ignorar
Os delírios da imaginação
Que me fazem viajar
No mundo da ficção
Me estimulando a alimentar
Os fetiches de uma paixão
Que no real eu tento evitar
Por medo da desilusão
Mas se, for pra me fazer compor
Meu coração encena
Me vale qualquer forma de amor
Se brilhar num poema
Enquanto me fizer cantar
Minha alma não condena
Me vale qualquer forma de amar
Se brilhar num poema
Não dá mesmo para limitar
Os compassos de um coração
Quando este tenta declarar
Domínios sobre a razão
Que bate forte a declarar
As loucuras de uma emoção
Que não se deve ignorar
Mesmo sendo só ilusão
Mas se, for pra me fazer compor
Meu coração encena
Me vale qualquer forma de amor
Se brilhar num poema
Enquanto me fizer cantar
Minha alma não condena
Me vale qualquer forma de amar
Se brilhar num poema