Lá vem o trem Apinhado de gente, Tenso sobre dormentes, A serpente dos trilhos Lá vem o trem, Quase no sol nascente Traga a escada crescente, No escuro o seu brilho
Lá vem o trem Num barulho incessante Nave do povo errante, Longe ouvem seus gritos
Lá vem o trem Com notícias de onde O horizonte se esconde Perto do infinito
Lá vem o trem E a moça da janela, Tempo passou pra ela, Só que ela não viu
Lá vem o trem Logo espalha o alvoroço Que traz velho e traz moço Desde onde partiu
Lá vem o trem Pulsa o meu coração Deus, que rara emoção! Tudo em volta sorriu
Lá vai o trem Leva a dor e a saudade, Dura realidade Até o mês que vem
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Em Conservatória - RJ (uma pequena cidade com jeitinho de saudade), tem uma autêntica "Maria Fumaça" parada nos trilhos há, pelo menos, duas décadas. Sempre que visito o lugar faço questão de parar em frente a ela e imaginar como seriam as viagens durante o ciclo do café no Brasil. E imaginar o que não se viveu dá uma saudade danada...
Convido o amigo leitor a ouvir a nossa última composição musical,