IMPRENSA x MIDIA - releia. Saiu com incorreção
(Peço perdão aos escritores e poetas que sonham) Porventura alguém não gostar de ler, clique no retorno.
Iran Di Valença
envelofax@yahoo.com.br
IMPRENSA e MÍDIA
Iran Di Valença
Escritor e poeta amador
Presumia que Mídia fosse sinônimo de Imprensa. De repente, senti necessidade de consultar o dicionário Michaelis sempre ao meu dispor, quando ao despertar no vigor da adolescência deste Dia das Mães que caiu neste dia 11, e estava com a mente confusa de idéias e fraca de ideais, devido verificar a impotência atual do Bem contra o Mal devido haver testemunhado num Supermercado o desprezo e decadência pela imprensa escrita. Sentia saudade dos filmes antigos que mostrava a imprensa escrita (jornais) poderosa e que até ganhou o epíteto de “quarto poder”. Para dar forças aos meus argumentos menciono o ainda hoje um periódico conhecido no mundo;: New York Time; recordei o destaque que se dava antes do advento da Mídia por imagens aos escritores e poetas:
IMPRENSA sf 1 – Prensa das artes gráficas. 2 Máquina com que se imprime. 3 Tipografia. 4 Arte de imprimir. 5 Conjunto de escritores, especialmente jornalistas. 6 Conjunto de jornais e outros tipos;
MIDIA sf 1 Meios de comunicação em geral, a imprensa falada, escrita e televisiva. Propaganda 2 Secção ou departamento de um agência de propaganda, que faz as recomendações, estudos, distribuições de anúncios e contatos com os veículos (jornais, revistas, rádio, televisão, etc.) Os computadores podem utilizar uma variedade de mídias.
Foi então que descobri a razão da imprensa escrita e de uma maneira geral, a comunicação escrita ter perdido sua força, cujos jornais e revistas para sobreviverem precisam se agachar ante os governos. Por outro lado, a parte da imprensa escrita (editoras), hoje se transformou exclusivamente numa fonte de lucro. Atualmente desconheço se alguma editora se aventurou patrocinar trabalhos de novos escritores. Ou mesmo alguma empresa particular incentivar escritores. Os programas de governo são inexpressivos em relação à cultura escrita. Os novos escritores precisam financiar seus primeiros livros. Tanto eu como outros escritores e poetas amadores lutam por uma oportunidade. Muito usam os site coletivos publicados pela Internet para poder divulgar suas obras porque não possuem condições financeiras para editar.
Jornais e revistas desesperados, luta pela própria sobrevivência, alguns que ainda conseguem projeção se dedicam a explorar os escândalos do governo e da sociedade.
É o motivo do desapego a leitura, seja de crianças, jovens ou adultos. A comunicação televisiva os absolve com imagens e palavras, levando-lhes divertimento interado ao conhecimento, conquanto cultura de boa qualidade seja rara.
Assim não é novidade a decadência do ensino e aprendizado nas escolas. Até acredito que não seja o interesse monetário que afasta professores porque quando alguém opta por ser professor o faz por diletantismo. Eles são desencorajados diante da repulsa dos alunos, viciados por maus exemplos da comunicação televisiva. Já ouvi muito dos meus filhos citando exemplos por mim condenáveis que estou errado porque nas telinhas se o faz a toda hora.
Como escritor e poeta amador sem condições de financiar edições do que escrevo, me sinto impotente, inútil. Já em duas ocasiões sou convidado por editoras que anunciando haver feito boa avaliação do que escrevo, me convidam para participa de Antologias, porém sem esquecer o salgado orçamento para pagamento de revisores, diagramadores, etc. e de antemão, se eximindo do apoio logístico para a obra adentrar nas livrarias.
Nas escolas as crianças não dispensam uma máquina de calcular. Lembro com saudade da tabuada do meu tempo que éramos obrigados a “cantar” 1 e 1 dois 1 e 2 três.... Conheci, quando me empreguei no comércio verdadeiros ases mentais da matemática e aritmética. Os Contadores e Guarda Livros somavam as colunas de números com a rapidez impressionante. Eu, particularmente, ainda gozo desta habilidade de somar e fazer operações de multiplicação mental. Nas escolas éramos obrigados a ler e decorar as lições. Como só freqüentei escola até antes de concluir o Segundo Ano Primário, depois como autodidata varava as noites lendo sobre tudo e todos, a ponto de chegar a decorar um bom cabedal de palavras inglesas e francesas nos dicionários, hábito que mantenho até hoje.
Observo a freqüência nos balcões das livrarias e estantes de Supermercados, a indiferença sobre elas se contrapondo ao balcão das gravadoras, salvo as desesperadas mães no inicio do ano letivo, em busca de livros baratos nas épocas de cumprir exigências escolares. Então é quando se vê o exagero de tipos de livros e papel para copiar. Vejo as crianças carregarem bolsas atoladas de livros e com excessivo peso sobre as costas, em detrimento de suas colunas vertebrais em formação, porém os resultados são negativos. As crianças carregam os livros, porém lêem apostilas, muitas vezes compradas de hábeis fraudadores de direitos autorais dos escritores que vêm os objetivos dos seus ensinos serem deturpados por idéias outras.
Crianças, adolescente e jovens que antes passavam horas lendo os mais diversos tipos de livros, de autores nacionais e estrangeiros, hoje estão voltados para as telinhas, sendo desviados do raciocínio próprio e dos seus ideais.
Sou um autodidata (peço perdão pelos erros) e de alguma forma com conhecimentos empíricos. Sempre fui viciado em leitura. Hoje pouco leio por questão de deficiência visual. Como hoje os livros são vendidos com embalagem, comprei alguns e não pode ler devido o tamanho da letra. Lamento profundamente o descaso dos jovens pela leitura e não vejo surpresa no resultado das provas negativas do ENEM.
Quanto ao sucesso da venda de livros de famosos autores, infelizmente sou obrigado a relatar um fato que testemunhei. Senti-me horrorizado, ao constatar, numa prateleira do Atacado dos Presentes, expostos a venda, livros tipo bolso, de Machado de Assis, Aluisio de Azevedo, Bernardo Guimarães, Julio Ribeiro, Castro Alves, José de Alencar, etc. ao incrível preço de r$1,99. Isto mesmo, um real e noventa e nove centavos.
Conclusão dolorosa:
A MÍDIA, possuindo a capacidade de imagens vivas apresentada pela força da comunicação do argumento da palavra audível, vem conseguindo destruir as IMPRENSAS escritas, mudas, que exige raciocínio e discernimento próprio.