Mudar ou morrer
Grande parte das empresas, hoje em dia, ignoram por várias questões ou motivos, questões diversas, tais como detalhes da economia, decisões do congresso ou do próprio presidente da república. E algumas vão além, ignorando algumas situações que saltam aos olhos até dos menos observadores, e questionam o sucesso de alguns, dizendo ser "sorte", ou outros substantivos similares. No entanto, esquecem de que algumas notícias de hoje, têm tudo a ver com situações futuras, fazendo com que organizações sobrevivam, cresçam ou desapareçam do mercado, independente da dedicação, envolvimento ou reação de seus gestores.
O que estes gestores necessitam entender, é que é perfeitamente possível prever o futuro, analisando o passado e o presente com um carinho todo especial. Ou será que ninguém previu o crescimento das mulheres no mercado de trabalho, em meados da década de 70 e em toda a década de 80? Ou então, será que não foi observado as mudanças nos automóveis, fazendo com que bons profissionais que cuidavam de carburadores, distribuidores ou outras peças "jurássicas" perdessem além de seus empregos: perderam também o conhecimento não reciclado, e por conseqüência, suas profissões. Aqueles que não observaram a estes detalhes, com especial atenção, tiveram seus produtos, suas profissões, e todos os investimentos jogados fora. Temos mercados mudando, produtos com ciclo de vida cada vez mais curtos, decisões de consumo sendo alteradas com uma rapidez, que muitos não conseguem acompanhar.
Tudo isso exige uma gestão voltada para o futuro. Gerentes, gestores, administradores e todo o staff das empresas que desejam estar vivas e crescendo no futuro, devem estar atentos às novas perspectivas do mercado. É isso que faz com que empresas desapareçam do mercado, antes do primeiro aniversário, poucas chegam a meio século, e uma quantidade muito pequena sobrevivem mais de um século.
O grande segredo daquelas que ultrapassam a um século, está na capacidade de seus gestores de antever mudanças, e preparar as organizações para elas. Ou será que uma empresa de grande porte, que há mais de três séculos fazia combustíveis para iluminação, não previu a lâmpada elétrica, e passou a fornecer combustíveis para os geradores de eletricidade, e para os automóveis, já não está imaginando o fim do combustível fóssil, e se preparando para novos combustíveis, ou até mesmo para um mundo novo, onde o transporte automobilístico nem exista? Difícil imaginar, mas os bons gestores devem ter a capacidade de analisar o mundo como era, como está, e como estará daqui a um, cinco, dez ou vinte anos.
No entanto, gerentes e gestores fazem com que empresas sejam cegas e surdas àquilo que acontecem à sua volta, por que eles mesmos são cegos e surdos aos sinais de mudança.
Então, estudiosos do assunto buscaram respostas junto a analistas e psicólogos, e chegaram à conclusão de que existem cinco teorias sobre esta surdez ou cegueira:
Teoria 1: Os gerentes são estúpidos;
Teoria 2: Consegluimos enxergar somente quando uma crise abre nossos olhos;
Teoria 3: Conseguimos enxergar apenas aquilo que já experimentamos;
Teoria 4: Não conseguimos enxergar aquilo que é emocionalmente difícil de ver; e
Teoria 5: Conseguimos enxergar apenas aquilo que é relevante para nossa visão do futuro.
Em primeiro momento, podemos buscar nos enquadrar em alguma delas. E, quem desejar ter uma visão ampliada destas teorias, podem aguardar em novos textos, ou conhecer um autor chamado "Arie de Geus", que em seu livro "A Empresa Viva", detalha melhor, buscando adequar nova visão do futuro.