PROPAGANDA DE CERVEJA
Às vezes, corre-se o risco de ser quadrado e de ser criticado por aqueles que têm idéias diferentes, todavia, a diversidade é algo que sempre existirá no Estado Democrático de Direito, assim, coloco aqui a minha repugnância à postura dos fabricantes e propagandistas de cerveja.
Ninguém desconhece ou ignora o direito de manifestação livre do pensamento, mas é necessário saber que existem limites, já que nem sempre o pensamento é digno de ser externado, graças a Deus. Liberdade sem limites não é liberdade é libertinagem, é arbítrio.
Na verdade é sabido que as propagandas não são feitas de forma simplória e empírica. Elas passam pelas áreas de criação e são desenvolvidas por profissionais experientes e que estudam muitos anos sobre os métodos de convencimento da psiché humana e como criar necessidade nas pessoas que verão, lerão ou ouvirão a propaganda, dependendo do veículo que será utilizado.
Não é a toa que existem órgãos para regulação publicitária e um código de ética para a veiculação da propaganda. Mesmo assim, muitos abusos são cometidos com a complacência das autoridades e do CONAR.
O efeito da publicidade na mente das pessoas é inegável, muito embora os publicitários digam o contrário.Maria Rita Kehl, na matéria entitulada “A propaganda e as crianças", publicada em 7/11/2003 , pelo AOL NOTÍCIAS, comenta: "Como é contraditório o funcionamento mental dos publicitários. Passam a vida toda queimando neurônios para encontrar a melhor forma de influenciar as pessoas a comprar, consumir, desejar, valorizar acima de todas as coisas a mercadoria que anunciam. Mas quando algum anúncio é taxado por dar mau exemplo aos consumidores em potencial, os publicitários são os primeiros a jurar que a propaganda não influencia o comportamento de ninguém. Se não influencia, por que é que as empresas pagam caríssimo por uma inserção de comercial no horário nobre da televisão? Por que as marcas invadem a paisagem urbana com outdoors cada vez mais vistosos, mais altos, mais iluminados, que ninguém consegue ignorar? Por que os jornais vendem as primeiras páginas de seus cadernos para anunciar grifes da moda, deixando os artigos que queremos ler para as páginas de menor visibilidade? Por que os políticos dependem cada vez mais dos marqueteiros não só para se eleger, mas para conseguir governar?”
Não resta dúvida que aos pais está cometida a responsabilidade de velar pela educação dos filhos evitando que estes façam uso de bebidas alcoólicas, “mas quem associa o álcool a tudo o que há de melhor nessa vida? Quem estimula o hábito, quem garante que a festa só fica boa com Vodka Ice, que a sexta-feira só vale a pena com Kaiser, que assistir futebol sem uma Brahma é programa de índio? Quem faz o adolescente acreditar que a inclusão dele no grupo depende da bebida, do cigarro e do carrão que ele vai querer pegar escondido do pai assim que tiver uma oportunidade? Alguém duvida que, pelo menos no meio urbano, a publicidade é fator determinante na formação das crianças e dos jovens?”
É contraproducente e verdadeira concorrência desleal já que os pais passam menos tempo com os filhos em razão de trabalharem fora, ficando os filhos à disposição da chamada babá eletrônica, que lança seus apelos de propaganda mostrando a “turba feliz que grita ‘Experimenta! Experimenta!’, cinqüenta vezes por dia, na cara de seus rebentos.”
É óbvio que eles “vão se sentirem ultrapassados pelo ambiente emocional criado pelos excessos da publicidade no Brasil, onde nenhuma regulamentação impede que anúncios de carro convoquem os jovens a correr acima dos limites legais de velocidade, nem que a ênfase das propagandas de aparelhos de som recaia sobre a capacidade de seu produto estourar os tímpanos e tirar o sono dos vizinhos.”
Está na hora da sociedade exigir respeito desses empresários, que pagam impostos, é verdade, mas pagam muito pouco pelos males que causam à sociedade. Milhões de pessoas se tornam alcoólatras e acabam seus dias num leito hospitalar com cirrose, câncer, e outras doenças típicas do alcoolismo.
Quantos milhares de lares estão enlutados hoje, porque seus filhos morreram por conta de uma balada regada a bebidas alcoólicas. Quantos jovens estão hoje vegetando, tetraplégicos em razão dos acidentes.
Em vez de tentarem associar qualquer festinha com cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica, em vez de associar a bebedeira à normalidade e com apelação de cunho sexual, que seja proibido esse tipo de propaganda e que ele seja restrito ao máximo.
Às vezes, corre-se o risco de ser quadrado e de ser criticado por aqueles que têm idéias diferentes, todavia, a diversidade é algo que sempre existirá no Estado Democrático de Direito, assim, coloco aqui a minha repugnância à postura dos fabricantes e propagandistas de cerveja.
Ninguém desconhece ou ignora o direito de manifestação livre do pensamento, mas é necessário saber que existem limites, já que nem sempre o pensamento é digno de ser externado, graças a Deus. Liberdade sem limites não é liberdade é libertinagem, é arbítrio.
Na verdade é sabido que as propagandas não são feitas de forma simplória e empírica. Elas passam pelas áreas de criação e são desenvolvidas por profissionais experientes e que estudam muitos anos sobre os métodos de convencimento da psiché humana e como criar necessidade nas pessoas que verão, lerão ou ouvirão a propaganda, dependendo do veículo que será utilizado.
Não é a toa que existem órgãos para regulação publicitária e um código de ética para a veiculação da propaganda. Mesmo assim, muitos abusos são cometidos com a complacência das autoridades e do CONAR.
O efeito da publicidade na mente das pessoas é inegável, muito embora os publicitários digam o contrário.Maria Rita Kehl, na matéria entitulada “A propaganda e as crianças", publicada em 7/11/2003 , pelo AOL NOTÍCIAS, comenta: "Como é contraditório o funcionamento mental dos publicitários. Passam a vida toda queimando neurônios para encontrar a melhor forma de influenciar as pessoas a comprar, consumir, desejar, valorizar acima de todas as coisas a mercadoria que anunciam. Mas quando algum anúncio é taxado por dar mau exemplo aos consumidores em potencial, os publicitários são os primeiros a jurar que a propaganda não influencia o comportamento de ninguém. Se não influencia, por que é que as empresas pagam caríssimo por uma inserção de comercial no horário nobre da televisão? Por que as marcas invadem a paisagem urbana com outdoors cada vez mais vistosos, mais altos, mais iluminados, que ninguém consegue ignorar? Por que os jornais vendem as primeiras páginas de seus cadernos para anunciar grifes da moda, deixando os artigos que queremos ler para as páginas de menor visibilidade? Por que os políticos dependem cada vez mais dos marqueteiros não só para se eleger, mas para conseguir governar?”
Não resta dúvida que aos pais está cometida a responsabilidade de velar pela educação dos filhos evitando que estes façam uso de bebidas alcoólicas, “mas quem associa o álcool a tudo o que há de melhor nessa vida? Quem estimula o hábito, quem garante que a festa só fica boa com Vodka Ice, que a sexta-feira só vale a pena com Kaiser, que assistir futebol sem uma Brahma é programa de índio? Quem faz o adolescente acreditar que a inclusão dele no grupo depende da bebida, do cigarro e do carrão que ele vai querer pegar escondido do pai assim que tiver uma oportunidade? Alguém duvida que, pelo menos no meio urbano, a publicidade é fator determinante na formação das crianças e dos jovens?”
É contraproducente e verdadeira concorrência desleal já que os pais passam menos tempo com os filhos em razão de trabalharem fora, ficando os filhos à disposição da chamada babá eletrônica, que lança seus apelos de propaganda mostrando a “turba feliz que grita ‘Experimenta! Experimenta!’, cinqüenta vezes por dia, na cara de seus rebentos.”
É óbvio que eles “vão se sentirem ultrapassados pelo ambiente emocional criado pelos excessos da publicidade no Brasil, onde nenhuma regulamentação impede que anúncios de carro convoquem os jovens a correr acima dos limites legais de velocidade, nem que a ênfase das propagandas de aparelhos de som recaia sobre a capacidade de seu produto estourar os tímpanos e tirar o sono dos vizinhos.”
Está na hora da sociedade exigir respeito desses empresários, que pagam impostos, é verdade, mas pagam muito pouco pelos males que causam à sociedade. Milhões de pessoas se tornam alcoólatras e acabam seus dias num leito hospitalar com cirrose, câncer, e outras doenças típicas do alcoolismo.
Quantos milhares de lares estão enlutados hoje, porque seus filhos morreram por conta de uma balada regada a bebidas alcoólicas. Quantos jovens estão hoje vegetando, tetraplégicos em razão dos acidentes.
Em vez de tentarem associar qualquer festinha com cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica, em vez de associar a bebedeira à normalidade e com apelação de cunho sexual, que seja proibido esse tipo de propaganda e que ele seja restrito ao máximo.