OS BASTIDORES DA PAZ...

Não faz muito tempo que eu aqui escrevia com emoção e justa revolta sobre aquele fato ocorrido com um garoto de seis anos na cidade do Rio de janeiro, ocasião em que a criança foi covardemente arrastada pelo asfalto durante uma assalto no trânsito.

Achei que nada mais me abalaria tanto quanto àquela ocorrência.

Nós pais sempre nos solidarizamos com os demais pais de filhos violentados.

E hoje vemos que as cenas de violência se sucedem na sociedade , cujo modelo logistíco parece confeccionar atos sucessivos de "psicose social", que nos chocam a todos!

E MAIS UMA vez o Brasil pára estupefato, com mais um crime bárbaro sobre uma criança de cinco anos, e o que é mais triste , com fortes suspeitas de que tenha partido do seio familiar.

Não é novidade estatística que existe violência contra a criança, ou dentro do próprio ambiente familiar ou por parte de pessoas bem próximas à família.

E quando nos chegam essas notícias, nos perguntamos que espécie de seres somos nós, potencialmente capazes de atos tão chocantes.

Penso que realmente somos seres inatingíveis, cuja atividade cérebro emocional o entendimento jamais a alcança em toda a sua plenitude.

Na verdade desconhecemos o "outro" da mesma forma que desconhecemos a nós mesmos.

Óbviamente tal crime não foi elucidado, me parece uma tarefa muito difícil, para profissionais peritos competentes na matéria de criminalística e de psiquiatria forense.

Mas sem dúvida, somos seres movidos à emoções incontroláveis e muitas vezes à complexos laços de relacionamentos doentios, dos quais nem sempre nos damos conta, por serem obnubilados pelas aparências sociais.

somos míseros seres movidos fortemente a ciúmes, inveja, egoísmo, competição, vaidade, ambição, propotencia...e me parece que quanto mais jovens e imaturos, mais propensos a nos perdermos nas amarras desses danosos sentimentos.

Sentimentos que geram violência, injustiça, infelicidade , desestrutura familiar, e portanto, tragédias...

Vejo o episódio ocorrido aqui em São Paulo e me compadeço de TODOS.

Vítimas e réus, todos, adultos e crianças, pessoas direta e indiretamente relacionadas, engolidas de súbito por um mistério tenebroso que entristece a todos nós.

Essa é a ópera triste da vida, cujos desconhecidos bastidores acabam por pedir o palco, para encenarem a sua vez.

A nós sociedade, só nos resta pedir que a Providência ilumine a Ciência para que tão logo se esclareça a autoria do crime e que se cumpra a justiça dos homens.

E ao mesmo Deus só me cabe rogar-LHE que tenha piedade de todos nós, que compomos uma sociedade desnorteada da paz.