Sou Espírita?
Allan Kardec afirma no Evangelho Segundo o Espiritismo, no seu capítulo XII, “reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas inclinações más”.
Fica claro desta maneira que o verdadeiro Espírita não é perfeito, mas sim aquele que se esforça para ser hoje melhor que ontem. É aquele que vive na busca constante de melhorar-se moralmente.
O verdadeiro espírita acima de tudo, não perde tempo apontando os defeitos de seus semelhantes, mas tenta enxergar suas qualidades e apoiá-lo moralmente. Sabe que somos todos iguais na capacidade de acertar, mas também na de errar. Lembra-se sempre do conselho do mestre: “Aquele que estiver sem pecados que atire a primeira pedra”.
Empreende todo seu tempo refletindo sobre como pode espalhar o bem, sobre como pode ajudar seu próximo. Sua preocupação primeira é de como poderá contribuir na construção de um mundo melhor.
É tolerante com os erros alheios, pois sabe que ele mesmo precisa de tolerância para com seus erros. Sabe que errou nesta e em outras existências, e que poderá ainda errar igualmente no futuro, haja vista ser imperfeito.
Sabe também que passa hoje por aquilo que fez, em outras existências, os outros passarem. Sabe ainda, através da lei de ação e reação, que tudo que colhe foi por ele plantando nesta ou em outras existências.
Mas acima de tudo entende que a lei que rege o universo é a Lei de Amor, e que por isto mesmo todas as dificuldade da vida são oportunidade de resgate e crescimento e não castigo. Sabe que o Deus da vida nos ama infinitamente.
O verdadeiro Espírita é aquele que se interroga constantemente sobre seus atos. Pergunta-se antes de dormir se fez aos outros tudo o que gostaria que fizessem para com ele mesmo. Se não negligenciou nenhuma oportunidade de ser útil.
Respeita o tempo a e a convicção de cada ser. Não faz questionamentos a respeito das religiões, pois considera a todos como irmãos. Sabe que toda religião que existe tem algo de bom, e que suas falhas derivam da imperfeição dos que a conduzem.
Reflitamos, pois, se somos palavras ou atos. Se somos juízes severos dos nossos irmãos ou se somos distribuidores de amor, de paz. Pois que o Espiritismo é o consolador prometido pelo Cristo, e que este disse que são os doentes que precisam de médicos, não os sadios. Ou não poderemos afirmar com toda convicção: sou Espírita.