São Paulo sem educação
No estado mais rico da Federação os alunos são aprovados sem os devidos conhecimentos básicos! A meta do governo é quantidade e não qualidade!
Quantos alunos “adentram” a quinta série ou o sexto ano sem saber ler e escrever, quantos alunos estão “aptos” a freqüentar o Ensino Médio sem o mínimo conhecimento do Ensino Fundamental, sem a mínima aptidão, são inaptos.
Os dados são da própria Secretaria de Estado da Educação que ridiculamente divulga a queda nos índices de reprovação, mas não observam para esse crime que estão cometendo com as nossas crianças e os nossos jovens, fazendo os acreditar que são capazes de freqüentar determinada série ou ano quando na verdade não possuem conteúdo algum.
A atual mentalidade do aluno paulista está contaminada pelo ridículo pensamento de ser importante apenas a freqüência escolar e não as notas que lhes são atribuídas pelas avaliações feitas pelos docentes, então para que avaliar? Para que perder tempo se a mentalidade do discente está poluída e legalmente amparada pela legislação que escancaradamente o chama de incompetente!
Algum professor pode dizer que sou muito forte nas palavras que pronuncio, mas não vejo outra maneira de nomear tal estado em que se encontram os alunos. Se o discente foi promovido com todas as notas vermelhas é correto afirmar que o mesmo foi incapaz de acompanhar os conteúdos propostos, obviamente será tachado de incompetente e o Estado com toda a sua “bondade” vai promovê-lo porque sua freqüência não foi baixa. Se o aluno não atingiu os conteúdos e mesmo assim passou de ano, o que interessa ao Estado, qualidade ou quantidade?
Enquanto a educação estiver vinculada aos interesses políticos nada vai melhorar, é dever do Estado garantir educação de qualidade a todos, porém não é dever do estado veicular seus interesses aos interesses educacionais!
Nosso povo parece estar “estacionado” no tempo, se contentam com as esmolas que o governo dá e nada faz para garantir um futuro melhor, anseiam viver sempre dependentes do governo que os querem cada vez menos informados, cada vez mais analfabetos, incompetentes e incapazes de questionar as leis e medidas provisórias editadas a todo o momento.
Nas reuniões é enfatizado sempre pelas autoridades que os níveis de repetência têm que reduzir a todo custo, tudo isso para exibir no exterior uma taxa recorde de aprovação, uma aprovação falsa embasada pelos interesses políticos que insistem em formar um país de incompetentes. A minha bandeira é pela educação pública de qualidade e não a falsidade que exibe falsos números de aprovados! É uma necessidade mais que urgente extinguir o Decreto 9/96 e exigir do aluno os devidos conhecimentos e não apenas a sua freqüência.