TERRA MÁTER
Santo Estêvão, minha cidade, não é apenas um lugar no mapa; é a moldura da minha vida, um cenário que guarda cada capítulo da minha história. Cada vez que revisito esse chão sagrado, é como se estivesse folheando um álbum de recordações.
Cada rua, cada canto, carrega o retrato de quem sou. Da Praça da Lua ao riacho do “Salgado”, da Lagoa de Zezito ao Rio Paraguaçu, do Triângulo de Nelito ao Bosque de Nôia, tudo me chama de volta, tudo ecoa dentro de mim. Santo Estêvão vive em mim, e eu vivo em ti.
Não há como fugir da tua presença fascinante, Cidade amada! Sou teu filho, e carrego comigo o mais profundo orgulho. Tu não és feita apenas de ruas e casas; és feita de memórias, de histórias, de um tempo que permanece vivo na alma. O que revisito ao te encontrar não são apenas paisagens, mas um pedaço de mim mesmo, uma época que jamais se apaga. É um dialeto único, uma língua falada pelo coração, um idioma chamado memória, em uma cidade chamada infância.
A tua grandeza não está na extensão das tuas ruas ou na altura das tuas construções, mas na imensidão da tua história, no pulsar das tuas tradições, na força do teu povo.
Tua beleza não se mede apenas com os olhos, mas com o sentimento que desperta em quem te conhece. És uma cidade que nunca envelhece, que se reinventa com novas cores, novos sabores, mas sem jamais perder a essência.
Ah, Santo Estêvão, te ver bonita me enche de alegria, pois cada nova cor que floresce em ti é um reflexo do amor que cresce em mim. Não importa onde a vida me leve, sempre serás meu ponto de partida e de chegada.
Santo Estêvão não é apenas o lugar onde nasci; é o lugar onde minha alma sempre volta para viver.
Manoel Lobo.