CULTOS AFROS

CULTOS AFROS

O culto afro surgiu na pátria do Evangelho com a vinda de escravos africanos durante o período do descobrimento a colonização. O culto afro na realidade é uma religião introduzida no Brasil pelos escravos africanos, politeístas, e se espalhou por várias regiões da nação brasileira. Oriundos dos estados da Nigéria e do Benim, na qual crentes novos e ancestrais míticos ou reais, eram divinizados em cultos secretos ou públicos. Também, como designação genérica de diversas seitas derivadas do candomblé, e que atualmente apresentam influências estranhas à sua cultura, bantos, do espiritismo, rituais e mitos de povos indígenas. Muito embora os praticantes falem que o culto é espírita, mas não condiz com a realidade, pois a palavra espiritismo surgiu com a criação da Doutrina Espírita por Allan Kardec, na França. Conhecido também como local de culto do candomblé e sua liturgia. Indivíduo de hierarquia, ou mesmo um crente de um candomblé de caboclo. Candomblé de caboclo, forma simplificada do candomblé, em que há influências indígenas, de magia negra africana e européia. Existem diferenças entre candomblé e macumba. A macumba é um sincretismo nascido no Rio de Janeiro na virada do século XX e talvez derivado da (cabula), que já no fim do século XIX registra elementos bantos, palavras do jargão umbandista atual; hoje, a umbanda apresenta-se fracionada em dezenas de grupos que englobam influências esotéricas, cabalísticas, orientais, católicas.

A quimbanda registra a gramática de Kibungo, do professor José L. Quintão. A umbanda significa a arte de curar e a quimbanda quer dizer curandeiro. Quimbanda tem em sua fonte de origem no quimbundo, que é uma mistura de dialetos africanos, criado pelo governo para ser ensinado nas escolas das colônias portuguesas, afim de que todos angolenses se entendessem entre si nas regiões tribais de Angola e Moçambique. Quim ou Kin, quer dizer em linguagem africana, médico ou Grão-Sacerdote dos Cultos Bantos. Banda quer dizer lugar ou cidade. Em Angola significa a arte de fazer feitiçarias. A umbanda branca é o culto umbandista, que só trabalha para o bem e no qual só se usam roupas rituais simples e brancas; umbanda de branco, umbanda de cáritas, umbanda de linha branca. Já a Umbanda de Angola é o culto umbandista muito influenciado pelo candomblé de rito angola, tal como o culto omolocô. Umbanda de branco relativa à umbanda branca; Umbanda de cáritas o mesmo umbanda branca, umbanda de linha branca. Do quimb. Ma’kôba, designação genérica dos cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades de povos bantos, influenciadas pelo candomblé e com elementos ameríndios, do catolicismo, do ocultismo. O ritual desses cultos, denominação atribuída à quimbanda pelos seguidores da umbanda da chamada linha branca, relação imprópria com a Magia negra e relação popular com a bruxaria. Antigo instrumento de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, e que produz um som rascante.

A primeira definição de Macumba que se encontra em qualquer dicionário é de: antigo instrumento musical de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, que dá um som de rapa (rascante); O conceito da macumba está tão arraigado na cultura popular brasileira, que são comuns expressões como "xô macumba" e "chuta que é macumba" para demonstrar desagrado com a má sorte. As superstições nesse sentido são tão grandes, que até mesmo para a Copa do Mundo foram criados sites para espantar o azar. Popularmente, a palavra macumba é utilizada para designar genericamente os cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades dos povos africanos trazidos ao Brasil como escravos, tais como os bantos, como o candomblé e a umbanda. Entretanto, ainda que macumba seja confundida com o candomblé e a umbanda, os praticantes e seguidores dessas religiões recusam o uso da palavra para designá-las. O termo macumba tem outros significados e acepções, conhecidos e diz-se mais comumente macumba que candomblé, no Rio de Janeiro, e mais candomblé do que macumba, na Bahia. Macumba, na acepção popular do vocábulo, é mais ligada ao emprego do ebó, feitiço, coisa-feita, mironga, mandinga, muamba. Palavra usada no sentido pejorativo para se referir ao candomblé do Rio de Janeiro, sendo dita palavra mais utilizada para se referir aos despachos depositados em encruzilhadas. A macumba, como a palavra é conhecida no Rio de Janeiro, é o mesmo que "Ebó", como é conhecida na Bahia (Candomblé).

Segundo o grande estudioso potiguar, (Câmara Cascudo): "Ainda ao tempo das reportagens de João do Rio os cultos de origens africanas no Rio de Janeiro chamavam-se, coletivamente, candomblés, como na Bahia, reconhecendo-se, contudo, duas seções principais - os orixás dos cultos nagôs e os afufás dos cultos muçulmanos (malês) trazidos pelos escravos. Mais tarde o termo genérico passou a ser macumba, substituído, recentemente, por Umbanda. Meio século após a publicação de As Religiões do Rio, estão inteiramente perdidas as tradições malês e em geral os cultos, abertos a todas as influências, se dividem em terreiros (cultos nagôs) e tendas (cultos nagôs ). A umbanda é uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira que sincretiza elementos vários, inclusive de outras religiões. Os conceitos aqui relatados podem diferir em alguns tópicos por se tratar de uma visão generalista e enciclopédica. Por se tratar de um conjunto religioso com várias ramificações, a informação aqui exposta é uma (explicação) aos leitores da forma mais abrangente possível e sem discriminação ou preconceitos, pois todas as "Umbandas" têm suas razões de existir e serem cultuadas. Não existe uma fonte única que reflita a origem da Umbanda. Cada vertente tem suas origens e história. Mais recentemente, década de 70, aceitou-se que Zélio Fernandino de Moraes teria sido o anunciador da Umbanda (Ver Caboclo das Sete Encruzilhadas - 1908) em determinados moldes, fazendo com que ela pudesse ser institucionalizada como religião. Porém, o trabalho dos guias (pretos velhos, caboclos, crianças, exus etc) é bem anterior a Zélio. Mantém-se na Umbanda o sincretismo religioso com o catolicismo e seus santos, assim como no antigo Candomblé dos escravos, por uma questão de tradição.

Antigamente fazia-se necessário como uma forma de tornar aceito o culto afro-brasileiro sem que fosse visto como algo estranho e desconhecido, e, portanto, perseguido e combatido. Alguns exemplos: Ogum - São Jorge Oxóssi - São Sebastião Xângo - São João/São Pedro Iemanjá. NªSª dos Navegantes - Oxum - NªSª da Conceição Iansã - Santa Bárbara Omolu - São Lázaro. Nos fundamentos a macumba cria numa fonte universal, um Deus Supremo, conhecido como Olorum ou Zambi. Existe obediência aos valores humanos entre eles a fraternidade e a caridade. O culto aos Orixás como manifestações divinas, em que cada Orixá controla e se confunde com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade humana, em suas necessidades e construções de vida e sobrevivência. Existem outras doutrinações e cultos que variam de estado para estado, de cultura a cultura.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 10/01/2008
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