Até quando Senhor?

Até quando, Senhor?

Habacuque 01

2 “Até quando Senhor, clamarei eu, e tu não escutarás? ou gritarei a ti: Violência! e não salvarás?

3 Por que razão me fazes ver a iniqüidade, e a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há também contendas, e o litígio é suscitado.

4 Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, de sorte que a justiça é pervertida.”

A pergunta que o profeta fazia há 2700 anos é repetida com a mesma entonação nos dias atuais: Será que Deus é tão bom que não pode contemplar o mal e não pune severamente os opressores e os espoliadores daqueles que praticam a justiça?

Na minha humilde opinião acredito que sim, que Jesus Cristo vai fazer a justiça tão esperada, mas antes de sua vinda poderíamos agradá_Lo ao indignar-se em ver um mendigo, pelo menos compungir-se diante de uma cena tão deprimente, até porque a constituição garante “moradia” a todos, além disto o homem é a imagem e semelhança de Deus e se considerarmos normal tal situação estamos desprezando a Deus. Não aceitarmos tão passivamente que pessoas morram em filas nos hospitais públicos, até porque a Carta Magna assevera “atendimento” para todos. Exigirmos mais recursos para as Escolas Públicas a fim de que possam oferecer um ensino no mínimo aceitável, até porque a Lei que rege o País prevê “educação” para todos.

Permito dizer que alcançar um bem estar uniforme é utópico, delírio, fantasia, mas que em RESPEITO E SOLIDARIEDADE ao nosso semelhante, poderíamos viver com a bandeira a meio mastro e nos recusar a participar de carnaval, e outras festas populares, comemorações usadas para que os políticos ganhem tempo com a nossa dormência momentânea e saqueiem ainda mais o bolso do folião distraído, criando Medidas Provisórias deletérias no calor dos desfiles e dos fogos de artifício, além de ser uma maneira velada de mostrar descontentamento e protestar pacificamente contra este descalabro social até a vinda do Senhor.

Acredito que assim, fazemos a justiça de consciência, porque a real é impossível.

Fábio Veloso