DIA DE QUASE TODAS AS MÃES
Demétrio Sena - Magé
Mais um dia, das mães ou não, em que acordo sem poder contar com o amor incondicional de minha mãe. O aparato comercial desse dia escolhido para homenagear as mães não deixa de aumentar a nostalgia e minha profunda frustração de não mais poder contar com ela.
Hoje é um dia dedicado a quase todas as mães. Sim, quase todas, porque atravessamos tempos duros em que tantas não amam o suficiente para temer o mais remoto mal de seus filhos. Muitas amam tão cegamente até os parceiros recém-chegados, os pais recém-impostos, que a integridade física e moral dos filhos depende apenas do acaso de eles serem ou não pessoas incapazes de praticar monstruosidades, como geralmente as boas expressões", que podem ou não corresponder à verdade, prometem.
Dia das mães que amam mais aos Henrys do que aos Jairinhos. Para Marias, Elianas, Rosângelas, Elizabetes, Adrianas, Martas, Vânias, Carmens, Netes, Brancas, Cláudias, Antônias, Andréas, Lurdes, Elídias, Tânias, Anastácias, Lucimares, Lucineias, Lucimeires, Beneditas, Sônias... as mães de ventre, adoção, leite, babás, mães tias, avós, mães trans que não contam com a sorte; não ficam "sem graça" por não confiarem no mundo e na compreensão dos pais apresentados aos filhos.
Nosso amor e reconhecimento às mães mais leoas do que "tigresas" que o machismo fomenta para depois amansar os cuidados maternos. Às mães exageradas, que não acham que "notícia ruim chega logo" e "o que tem que ser será".
Feliz dia, semana, mês, ano, infinito das mães! De quase todas as mães!