FALANDO DE AMOR
Falando de amor.
Todas as vezes que encerramos um grande amor, pensamos que nunca mais iremos amar na vida, porém o tempo, esse sábio e magnânimo companheiro, faz com que a dor se torne cada vez menor até que a mesma se extinga. Então, novamente somos terra fértil para germinar uma nova semente do amor e aquele que parecia eterno, como disse o poeta, tem a durabilidade da chama.
Eu amei tanto e a tantos que hoje no final da estrada olho para trás e tenho certeza que amei tão intensamente que ninguém na vida amou mais do que eu, podem ter amado igual, mais nunca.
Os amores quando chegam te possuem de uma forma tão intensa e tão completa que tudo aquilo que você jurava nunca fazer você o faz, sem pudores, sem autocrítica e sem remorsos.
O amor tem a quentura potente do fogo, a frescura inenarrável da água, a amplitude do sideral espaço, não precisa da chuva para florir, não necessita do vento para se mover, ele simplesmente te toma e fim.
O amor não necessita do sexo, porém o induz a acontecer. O amor não necessita da fidelidade, mas a exige. O amor não é egoísta, porém não compartilha. O amor não desculpa, perdoa.
Por isso hoje, quando o tempo destrói o meu corpo, camufla a minha beleza de outrora e detona os meus sentidos, não consegue envelhecer o meu coração ávido de amor e então eu recordo os amores antigos, vivo as lembranças como se realidade fossem, sem a esperança de um novo amor.