LENÇOL FREÁTICO GUARANI

Se as enchentes não preocupam tanto quanto esse tema, então vamos abordá-lo, oxalá possam nossos responsáveis atentarem mais para esse aspecto da natureza divina, pois causamos muito desperdício com as nossas águas que fluem de uma fonte que se pode esgotar, segundo temos ouvido de nossos técnicos no assunto.

Há algum tempo, cerca de dois anos, temos nos preocupado com as enchentes em Ribeirão Preto, coisa que não acontecia quando éramos mais novos. Hoje, mais idoso, estamos notando que essas enchentes são mais comuns. Disse dois anos foi quando tive um sonho que indicava a solução do problema (aparentemente) e que me preocupei em passar adiante, contudo sem conseguir atingir os objetivos colimados.

Se drenar as águas pluviais para que não se dirijam aos rios não é a solução para as enchentes (que nos indicaram em sonhos que seria) então, ao menos, estaria colaborando com a reposição das águas ao nosso manancial único, o lençol freático Guarani.

Se em outras cidades o sistema de drenagem das águas pluviais deu resultado, não vejo o porque em Ribeirão Preto, cidade cercada de pessoas sábias, inteligentes, cultas, dinâmicas, progressivas, não poderia dar certo.

Se fizéssemos furos ao lado das guias das calçadas, mesmo que eles varassem os paralelepípedos existentes sob as camadas de asfalto, que esses furos pudessem ser feitos nos encontros dessas pedras, de maneira a permitir que as águas pluviais se escoassem, então creio que o volume de água nos rios, em tempos de borrasca e aguaceiro, diminuiria e não se teria seus transbordamentos e enchentes.

No princípio, quando em sonho nos deram a idéia, matutamos como seria furar um paralelepípedo de vinte centímetros de profundidade, daí descobrimos que existem brocas de vídias diamantadas, para as quais um material desses seria furado como se manteiga fosse. E os canos de plástico? Mesmo que depois de instalados entupissem, estariam cumprindo a finalidade de drenagem das águas pluviais e enviando-as submersão, devidamente filtradas, ao lençol Guarani.

Todavia era um sonho e sonhos muitas vezes são difíceis de se tornarem realidade, mormente quando depende de terceiros para serem realizados, como é o caso.

Quem sabe aquele que me embalou nesse sonho possa embalar também outros cidadãos com maior prestígio, e ainda assim, quem sabe, ele se realize.

Ribeirão Preto, 02 de setembro de 2007 – Antonio Luiz Cabral – alacalado@hotmail.com.