O mal jamais exercerá supremacia
O mundo não foi criado em laboratórios, nem a ciência jamais contribuiu para a sua edificação. O seu construtor serviu-se apenas de palavras sábias e concretas, tencionando apenas implantar algo fantástico do qual jamais seria possível realizar cópias.
E, um dia, não nos será dado o direito de imaginarmos quando se expandiu essa maravilha que gratuitamente nos ofertou. Em seguida, sentiu a necessidade de alguém que o ocupasse, utilizasse as suas benesses, sentindo-se feliz com as mesmas.
Algum tempo depois, foram surgindo outros seres humanos, outros e mais outros, até chegarem os mais recentes dos quais fazemos parte.
Ungiu-nos de todos os bens que somente Ele, um Pai inigualável do qual não existe cópias, poderia favorecer a tantos seres surgidos em todas as partes do que Ele denominou universo.
Semeou a prática do amor, do bem, da honestidade, a utilização correta de tudo que estivesse ao nosso alcance, jamais o desperdício de tantas riquezas.
Assim viemos, e o mal, através de um ser egoísta e miserável, surgiu um dia, na ambição de arrebatar o poder Daquele Ser Supremo que apenas desejou na sua infinita sabedoria doar o que nos beneficiaria sem restrições ou escolhas.
Dessa conclusão, retiro na minha insignificância, como uma das suas filhas, detalhes minuciosos e comparações lógicas de um globo terrestre completamente rasurado, onde o mal vem tentando dia a dia ocupar um espaço que não lhe pertence nem o fará jamais.
Por todos os recantos vão surgindo seres impregnados de costumes torpes, criando laços com a indignidade, instituindo diversas formas de obter algo a mais do que o seu próximo, interagindo com o mesmo de uma maneira indecente e vulgar, quando todos nós possuímos um destino idêntico,chegamos aqui de semelhante forma e partiremos um a um para o mesmo destino.
Se nos detivermos por alguns instantes no alcance do que seja o nosso final, veremos que, despidos de qualquer adorno, nus, de mãos vazias, ocuparemos algum espaço que será abrigo de um corpo inerte, sem vida e sem alma, apenas conduzindo a imagem inapagável de algum bem que praticamos o que poderá ocorrer agora, neste instante, um pouco depois ou num amanhã que se avizinha.
Quando nos aproximamos dos meios de comunicação, concluímos apenas que a expansão do mal vai gerando o fracasso de um mundo que poderia ser um paraíso desde a sua criação, com pessoas despidas e famintas mendigando pelas ruas, pelas calçadas, enquanto o ouro germina nos bolsos de alguns irmãos.
Ao digitar este artigo, sustento as lágrimas que muitos derramam comigo e admito a certeza de que será sempre inútil idealizar pautas de indignidade quando será impossível fitar o irmão e, principalmente, o Senhor do universo com a fronte erguida.