Julgamento da Prisão em Segunda Instância no STF
Advogados criticam a prisão em segunda instância e querem que seja cumprido estritamente e, “ao pé da letra”, o que diz a Constituição. Falam abertamente sobre a chamada presunção da inocência e o direito de poderem defender seus clientes até a última instância. Abominam e repudiam o que diz à voz das ruas, mesmo sabendo que vivemos tempos terríveis de corrupção explícita em todos os cantos deste país. Defendem antes de tudo o seu ganho pão. Os escritórios de advocacia estão faturando verdadeiras fortunas com seus clientes famosos que lhes remuneram regiamente com dinheiro proveniente da própria corrupção. No plenário da Corte, teve advogado que falou em “ânsia de luxúria desta amante chamada opinião pública”. Outro falou que esse atendimento a Constituição “é um remédio contra as maiorias”. Usaram e abusaram do direito de passarem na gente um recibo de otário, ao citarem que a restrição desse direito atinge com muito mais força a população negra, pobre e periférica. Ora, todo mundo sabe que pobre não tem dinheiro para pagar estes caríssimos advogados para defendê-los até a última instância. Por outro lado, pobre não é corrupto, pobre não comete lavagem de dinheiro, pobre não deposita dinheiro em paraísos fiscais, pobre não comete peculato, pobre não participa de esquemas fraudulentos, pobre não participa de rachadinhas, pobre não carrega dólares na cueca e nem em malas de dinheiro e muito menos comete crime de prevaricação. E, finalmente, pobre não tem amigos na Suprema Corte.