ANSIEDADE.

Vivemos tempos de extrema ansiedade. Talvez, nunca tenha existido uma época com tantas pressões sociais como a que estamos vivendo atualmente. "Seja feliz, compre aquilo, faça aquilo outro, etc, bombardeiam diariamente nossas mentes e corações. O medo tb é uma das grandes marcas da chamada geração pós moderna. Medo de arriscar, de não alcançar os padrões econômicos, profissionais ou de beleza impostos pela sociedade, medo de relacionarmos com outras pessoas e, por isso, preferimos animas de estimação, medo de falhar ou pior ainda: do que os outros irão achar. Tudo isso vem gerando uma geração altamente ansiosa e medrosa. Gente que sofre do passado, vive ansiosa por conta do futuro e não vive o presente. Uma das causas, talvez, desta "epidemia da ansiedade", seja as redes sociais que muitas das vezes alimentam o narcisismo, egocentrismo, as futilidades, e outras coisas mais. Claro que seria muita tolice ou ingenuidade negar os avanços e benefícios que o "mundo digital" nos trouxeram. Só estou escrevendo e enviando este texto para vocês graças a ele. Só encontrei pessoas que marcaram minha infância por causa dele. O problema são os exageros, a falta de limites e modo com que usamos. Veja: Será que há necessidade, por exemplo, de você (nós) todos os dias expor a felicidade da sua família ou precisar ter respostas para todos os assuntos políticos, religiosos, esportivos, e outros que a todo instante invadem as telas dos nossos celulares e computadores? Creio que não embora seja direito da pessoa postar e responder o que quiser. Por outro lado, tb não acredito que necessitamos viver uma espécie de *restrição total das mídias digitais.* Isso provavelmente tb levaria a ansiedade já que dificilmente conseguiríamos viver sem a tecnologia. Praticamente tudo do nosso cotidiano envolve meios de comunicação. Não tem como escapar. A questão é saber usar. Sou de um tempo (pode dizer que sou saudosista) onde novidades era como encontrar um tesouro. Hoje, o recém nascido saí da maternidade e já está sendo visualizado por inúmeras pessoas nas redes sociais. A pergunta que ninguém faz é: E o direito desta criança de não ter exposta sua identidade, será que não deveria ser levada em conta? Infelizmente para a maioria dos pais não. Repare tb nos *status ou stores* (acho que é assim que se escreve) dos "zaps e facebooks da vida" a quantidade de exposição que há. É surreal. Enfim, o equilíbrio para tudo que se faz é uma das maiores bênçãos da vida. Porque é possível sim estar conectado e não ser refém de algo que veio apenas para auxiliar e não nos escravizar. Que tal nisso começar a se questionar?_