Marcas, o grito da alma
Um menino
Uma voz
Um clamor
Liberta-me
Liberta-me de mim
Arranca meus temores
Exorciza meus demônios
Marcas, o grito da alma.
Marcas, a fé maltratada.
Em terra estranha vivi
Em terra estranha cresci
Perdi a inocência
Ganhei a dor
Um presente para a alma maldita
O infortúnio
A doce agonia
Liberta-me
Na busca de mim mesmo
A procura é incansável.
Liberta-me
A dor saqueou minha fé
Mataram minha esperança
A quem vou clamar?
Ao deus que se foi?
A quem vou clamar?
Um menino, uma voz, um clamor
Seth ? Rá? O que será?
Quem me ouvirá?
Eu abri meu coração
Eu rasguei a minha alma
Agora. Aqui. Estou.
Pedaços de mim
Em cacos de sangue
A dor que alimenta
A alma maldita
A dor que ilude
Alguém violado
Me faz viver
Me faz sonhar
Me faz vencer
Por trás da dor
A ilusão
Por trás da dor
A denúncia do pecado
Por trás de tudo que vivi
Volúpias, devaneios
A fé me atacou
Me destronou
Anseio viver
Mas o mal me habita
Um desejo de sangue
Me deixaram aqui
Tarde demais
No seol das ilusões
O encontro é medo
Solidão
DESESPERO
Só me resta chorar
Só me resta sofrer
Só me resta gemer
A dor
A agonia
De voltar às origens
No meu ciclo vicioso
O desejo da maldade
A fé restaurada
Um menino, uma voz, um clamor.
Marcas, o grito da alma.
Anseio viver
Não há resistência
Me entrego!
Me rendo!
Me exponho!
O Egito é pra mim
A terra da dor
E dos prazeres
Porque resistir?
Porque me negar?
Porque hesitar?
Me entrego!
Me rendo!
Me lanço!
Marcas, o grito da alma.
Agora
Nada vai me calar.
Agora
Ninguém vai me impedir.