A GATOTERAPIA

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As estatísticas dizem que existem mais de 200 milhões de animais de estimação nas nações da União Europeia, alojados em 75 milhões de lares. Os pets mais numerosos são os gatos: 70 milhões, enquanto os cães são mais de 62 milhões. A França é o país com o maior número de gatos (12,6 milhões), o Reino Unido é o que tem mais cães (8,5 milhões), a Alemanha vence em roedores (5,9 milhões), enquanto a Itália, com 12,9 milhões de exemplares, é a primeira no número de aves ornamentais. Existem também mais de 15 milhões de aquários, concentrados principalmente na Alemanha (2,1 milhões), na França (1,9 milhões) e na Itália (1,662 milhões).

O jornalista italiano Vittorio Feltri, que se define agnóstico, quando observa os seus amados gatos chega a acreditar na existência de Deus e diz: “Somente um deus seria capaz de projetar um ser tão encantador”. Eu, que sou um gatófilo, acho que Feltri tem razão. Também a escritora italiana Camilla Cederna era fã dos felinos e, a quem lhe perguntava qual fosse a sua religião, ela costumava responder: “Sou gatólica praticante.”

A grande novidade é que os gatos não são apenas animais para nos fazer companhia e foi recentemente demonstrado que a presença deles dentro de casa pode curar não apenas as feridas da alma, mas até melhorar a saúde do corpo. Todos conhecem as vantagens da hipoterapia, um tipo particular de fisioterapia que utiliza a montaria em cavalos para auxiliar no processo de recuperação da coordenação motora, dos movimentos, e de habilidades psicossociais dos pacientes; pois bem, a Ciência reconheceu que também a gatoterapia possui consideráveis propriedades curativas.

Desde o ano de 2009, várias pesquisas médicas confirmaram que tomar conta de um gato pode ser um sistema bastante eficaz para sanar problemas de ansiedade, stress e depressão. Durante dez anos consecutivos, os cientistas acompanharam o estado de saúde psicofísica em 4.000 pessoas, entre trinta e setenta anos de idade, sendo que a metade deles hospedava um bichano na sua casa. Os resultados das pesquisas mostraram que os gatófilos tinham um risco cardiovascular reduzido de 30% com relação àqueles que não possuíam gatos. Também a pressão arterial costumava ficar normal. Outras pesquisas demonstraram que amar um felino incrementa a concentração no sangue de dois hormônios fundamentais para o humor: a serotonina (importante neurotransmissor que também intervém nos parâmetros de densidade óssea) e a oxitocina (hormônio capaz de desenvolver apego e empatia entre pessoas, produzir parte do prazer do orgasmo, e modular a sensibilidade ao medo). Ao mesmo tempo foi observada uma redução significativa da adrenalina e do cortisol, considerado o hormônio do stress.

Até o ronrom do gato tem um efeito surpreendente sobre o nosso organismo: foi comprovado que esse som ritmado ajuda no relaxamento muscular e favorece o relax.

Se já não tiver um, está esperano o quê para adquirir o seu gato? Inclusive, mesmo que muitos não o reconheçam, os felinos são animais carinhosos que, de forma discreta, amam seus parceiros humanos e são comprovadamente mais inteligentes que os cachorros.

P.S. Se não tiver um gato, acesse esse site onde é gerado um ronroado regulável: https://purrli.com/

Richard Foxe
Enviado por Richard Foxe em 26/06/2019
Reeditado em 12/08/2019
Código do texto: T6682000
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