MEDO DO SILÊNCIO.

Ouvi um tempo atrás uma história de um homem muito rico (não sei se é verídica) que passando por uma crise existencial procurou um psicanalista querendo aliviar seu mal. O profissional recomendou que ele passasse um final de semana totalmente sozinho de tudo e todos. Ao sair do consultório, disse para si: "Isso será fácil. Peço a minha esposa para ir e tb levar meus filhos para nossa casa de praia e fico o fim de semana sozinho." E assim o fez. Em sua casa, realizou coisas que há tempos não realizava. Ouviu seus clássicos e concertos internacionais, respondeu a todos emails profissionais, assistiu suas séries prediletas e tomou algumas belas taças de vinho assistindo seu time de basquetebol. Retornando ao psicanalista relatou tudo o que havia feito, no que ele prontamente respondeu: "Pedi para que vc ficasse totalmente só e sem nada para fazer além de se alimentar e beber (água), e não ouvir músicas, assistir programas, etc. Disse o homem: "Impossível doutor, pois seria insuportável ficar sozinho comigo mesmo." Talvez, nunca antes na história da humanidade fomos tão barulhentos e sedentos por agito como temos sido ultimamente. Somos quase que viciados em barulhos. Não conseguimos ficar um minuto sequer a sós com o nosso *malvado favorito EU*. Levantamos pela manhã e a primeira coisa que a maioria de nós fazemos (eu pelo menos lamentavelmente muita das vezes faço) é pegar o celular para acessar porque temos pavor de a sós com nós mesmos ter que ficar. Mentira? Necessitamos de festas, conversas, badalações, mensagens do zap, Instagram, Facebook, som alto, TV ligada, bebedeira, criançada gritando, etc, porque um ambiente silencioso e vazio causa desespero em nossa alma. Pergunto a vc e a mim: Não seria talvez a falta de momentos de solitute (que não se confunde com solidão) com o nosso *EU* e com Deus (para quem nele crê), que esta nossa geração estaria precisando passar para aliviar esta vida agitada e cheia de tensão? Sei lá, fica-nos a reflexão_