QUILOS NA ALMA

Existe um programa na Tv fechada que eu, filha e esposa, gostamos muito de assistir. O programa consiste basicamente em relatar a luta de homens e mulheres extremamente obesos que chegam a pesar mais de 300 quilos. Um detalhe que sempre nos chamou atenção nos episódios é que em praticamente todos eles os participantes chegaram a tais pesos não porque simplesmente gostavam de comer, mas sim porque lá atrás, na infância, carregaram para a vida adulta traumas de abusos físicos, psicológicos e de abandonos. Isso mostra, a meu ver, que se existe uma coisa que nós, seres humanos, jamais perdemos na vida chama-se infância. E que a depender de como a vivemos ela será preponderante para um bom ou mau futuro. No caso dos alimentos para estas pessoas eles servem como refúgio. Portas de escape. Fazendo uma analogia (comparação) com outros vícios, quantas não são as pessoas que se não por meio da comida, precisam de algo que as “satisfaçam e de sentido existencial?" É o vicio na pornografia, no dinheiro, poder, trabalho, na beleza física e intelectual ou nos bens materiais, que semelhantes aos alimentos, escravizam e desumanizam. No entanto, outra coisa que podemos tb observar, é que até que ponto as circunstâncias ruins do passado são determinantes para prosseguirmos rumo a um bom futuro? Até que ponto, por exemplo, uma pessoa que sofreu nas mãos de pais abusivos poderá viver justificando suas atuais atitudes erradas por conta de tal passado? Será que não existe um momento na vida em que todos nós com a ajuda primeiramente de Deus (para quem crê) e de outras pessoas, devemos ser os legítimos protagonistas da nossa história? Levantar e sacudir a poeira dizendo que somos capazes de vencer? Ficam estas perguntas para nós mesmos responder!_