SOU ADULTO! E AGORA?

Lembro-me de uma conhecida que tinha entre 35 e 40 anos de idade que dizia que adorava sair com o filho de 16 para a balada. Ela colocava o som alto no carro e partia com ele e seus amigos rumo a desfrutar em festas pela madrugada. Eu dava uma risada um tanto quanto “amarelada” e pensava: “Será que sou eu que estou ficando ranzinza demais (é uma possibilidade, rs) ou de fato a atitude dela não era condizente para sua idade?” Alguém poderia dizer que ela tem direito a ser feliz. Que não há mal algum uma mãe sair com seu filho de 15 anos para festas e baladas, pois a velhice está na cabeça e não na idade. Bem, nós vivemos em um mundo cada vez mais carente de sentidos e propósitos. Somos uma geração que evoluiu cientifica e tecnologicamente, mas que vem regredindo em termos relacionais. Por relacionamentos regredidos podemos entender como sendo aquela relação entre cônjuges, amigos, familiares, profissionais, etc, que encontram-se cada vez mais desgastados. E nesta toada toda a maturidade tb vem sofrendo um terrível desgaste. Há um tempo tb encontrei um colega de trabalho que não via há anos. Cumprimentamo-nos e pensando eu que a conversa iria transcorrer a respeito da família, profissão ou política já que estávamos em época de eleições, ele começou um assunto sobre vídeo game. Pensei: “Faz anos que não brinco disso, aliás, muitos anos, por isso, não sei nem o que falar.” Já não era mais prioridade em minha vida. Encerramos o diálogo e nos despedimos. É impressionante (eufemismo para não dizer: lamentável) como muitas pessoas adultas nos dias de hoje insistem em não crescer. Gente que passa os anos e continuam com as mesmas atitudes, hábitos, falas e brincadeiras. *OBS:* Não significa em hipótese alguma que quem joga vídeo game (dei apenas este exemplo, pois foi o primeiro que veio a mente), são pessoas infantis, imaturas e irresponsáveis. Jamais. Há pessoas que se divertem com seus filhos ou entre amigos e não vejo mal algum nisso. E muito menos defendo que sejamos adultos sisudos, carrancudos e mal amados (não há nada pior do que está perto de gente assim). Zoe, brinque, conte piadas, tire barato, etc, mas tudo na hora certa e no limite. Vale a ressalva. No entanto, infelizmente ainda existem aqueles que "morrem de medo" de tomarem posições maduras porque sabem que isso exigiria mudanças radicais de postura. É triste, mas é a realidade. Há maridos e esposas, pais e mães, por exemplo, que parecem que jamais irão amadurecer para a relação conjugal ou para a vida. Vivem em uma espécie de “Peter Pans” dentro do casamento. Não sabem dialogar de forma madura e sadia com os filhos, amigos e nem entre eles mesmos. Isso sem falar daqueles que não saem da barra dos pais tanto emocional quanto economicamente. Finalizando: Precisamos de mais homens e mulheres adultos que queiram crescer e não viver como se fossem eternos “bebês.” Do contrário, é possível que em um futuro próximo sejamos conhecidos como a geração que odiava amadurecer_.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 17/04/2019
Reeditado em 17/04/2019
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