O fado

Entro no Museu do fado e sinto que além de estilo musical o fado transborda a alma humana. Não sinto melancolia ao escutá-lo, remete-me a memórias elaboradas e sublimadas através da poesia e arte.

O fado surgiu em Lisboa, consolidou-se nos bairros da Mouraria e Alfama. Atualmente nas Casas de Fado de Lisboa encontramos muitos cantores da nova geração, como o jovem fadista Marco Rodrigues, na Adega Machado. Uma das casas mais antigas e tradicionais da cidade situada no Bairro Alto. O cantor conjuga concertos na Casa de espetáculo e apresentações em Portugal e no exterior.

O fado não se dança e sim se escuta talvez a dança do fado seja realizada efetivamente na alma. Como diz Amália Rodrigues:"O que interessa é sentir o fado. Porque o fado não se canta, acontece. O fado sente-se, não se compreende, nem se explica." A maior cantora portuguesa do século XX, levou a música portuguesa ao mundo, o fado é um poema, pois transforma a dor em amor e chega a sublimar a saudade onde somos acolhidos através dos acordes das guitarras portuguesa.

O radio também é um importante meio de divulgação, através da radio Amália on line escutamos somente este estilo musical.

A expressiva fadista Mariza, apresenta-se impecável pelo mundo cantando suas canções, e a nova geração de cantores deste século. Carlos do Carmo, outro fadista com mais de 50 anos de carreira, ganhou o premio Grammy em 2014, recebeu uma homenagem da Radio Comercial onde vários artistas cantam sua música: Lisboa menina e moça, letra que descreve genuinamente a cidade de Lisboa,

Hoje o fado não é tema musical somente dos portugueses, é um estilo musical que agrada pessoas do mundo inteiro foi elevado à categoria de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO ,em Bali (Indonesia-2011).

Enfim conhecer o museu do fado ou escutar as melodias através de seus interpretes é uma maneira de transformar sentimentos em poesia musical. Não podemos elaborar todas as emoções vivenciadas mas através da arte sublimamos poeticamente as vicissitudes da vida.

Iara Maria
Enviado por Iara Maria em 20/01/2019
Reeditado em 21/01/2019
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