EDUQUE A T ERRA E TERÁS O PÃO FARTO

EDUQUE A TERRA E TERAS O PÃO FARTO

Essa comoção que envolve o país com a estória do João Hélio, por haver entre quatro maiores um menor de idade, nos leva a inúmeras conjecturas: a primeira delas e a de Deus permitir que isso ocorra, evidentemente pelo livre arbítrio que concede à todas as suas criaturas, mas com leis sábias que somos ignorantes delas e passamos a julgar como severos juizes os acontecimentos. A segunda análise que fazemos é da lei de Causas e Efeitos e somos levados a ponderar que se não há causas sem efeitos, o que teria feito o João Hélio em existência precedente para merecer tão triste fim.

Falando-se em triste fim, o Dr. Rubens Faria, um médium não espírita, que fazia cirurgias espirituais em São Paulo, certa feita, recebendo o Dr. Fritz, respondeu a uma pergunta do repórter: porque os médiuns que incorporam alguém da equipe Fritz tem morte triste, como as de Arigó, em acidente de carro, a do Dr. Edson, no norte, esfaqueado por um empregado, e ele respondeu: há morte alegre, morte bonita, morte triste? Não é tudo morte? Que diferença tem uma morte trágica de uma morte suave como a de um pássaro?

Depois passamos a conjecturar na outra parte: para a coruja, o pássaro mais lindo é a corujinha. Para a mãe desses menores infratores, que muitas vezes não puderam conter a sanha de maldades ou vicissitudes de seus rebentos, por se encontrarem sozinhas, sem o companheiro, mas que apesar de todo o defeito de seu filho, com toda sublimidade do amor de mãe, ela o ama. Que pensar dela quando vê que seu filho está envolvido num lance desses? Derramaria menos lágrimas do que a mãe da vítima? Lembramo-nos de Maria, a Virgem, quando seu filho era pregado na cruz como um vulgar criminoso, sua postura, sua altivez e quantas lágrimas derramadas por um justo, quanto mais uma mãe que pranteia as atrocidades de um filho...

Por isso tudo é que temos que ponderar que somos muito ignorantes ainda dos desígnios divinos e que o Supremo Árbitro do Universo tem sábias Leis e que se as conhecêssemos jamais farias comentários desairosos, pois sempre temos que jogar a culpa em alguém quando acontecem coisas como essas do João Hélio, que ai passamos a ponderar na mudança da idade civil para responsabilizar menores de doze anos, ou então culpamos os políticos ou as mães, ou a educação, ou o país, alguém tem que ser culpado.

Pensemos nisso, pensemos agora!

Antonio Luiz Cabral – ribeirão preto, 13/02/07 – alacalado@hotmail.com