Como se deve fazer uma leitura de tarô
Como se deve fazer uma leitura de tarô.
Um tarólogo com razoável formação humanista deverá inicialmente deixar o seu consulente a vontade, bem relaxado, para que o mesmo possa sentir acolhido, pois, como sabemos nós os que estudamos em profundidade os mistérios contidos nas cartas de tarô, tal leitura (como deixa entrever o conceito de “leitura”) devassa e fragiliza o consulente.
Como em qualquer outra modalidade de terapia, (e a consulta ao oráculo do tarô também é uma terapia) aquele que procura um profissional para fazer uma leitura de tarô espera desse profissional respostas para suas angustiantes questões, sejam essas questões de ordem afetiva, emocional, profissional ou de qualquer outra ordem. Para o consulente, o tarólogo tem a capacidade de responder as questões que o atormentam! É justamente nesse tópico que o profissional que busca entender o tarô em sua máxima profundidade, deve evitar essa cilada do “ele tudo sabe”, mais apropriada a outros tipos de saberes, a maioria de ordem mágica e/ou pseudo-mágica, do tipo "amarração amorosa", ou outras de análogo teor, muito distante do que deve ser entendido como uma leitura de tarô com enfoque terapêutico.
Quem se dedica a estudar o tarô (e muitas mentes brilhantes já se dedicaram e se dedicam a estudar os seus mistérios, como vasta bibliografia o confirma) sabe que as respostas oferecidas pelos arcanos numa consulta estão dentro do próprio consulente, e que este é quem traz as respostas à tona, mediante consulta às cartas, sendo o tarólogo apenas o intérprete do significado que vem contido nas mesmas numa dada abertura de cartas.
É fundamental que o tarólogo evite chamar a si a maestria por decifrar questões complexas, esquecendo-se que essa maestria vem de estudos constantes e aperfeiçoamentos que nunca devem ser negligenciados.
Nessa linha de raciocínio vejo como muito importante acompanhar a leitura feita, checar os seus resultados (relatados pelo consulente) e qual abertura de cartas se aplica melhor a cada tipo de questionamento apresentado. Como me dizia em aula um professor do curso de psicologia, “somos seres de suposto saber”, e este suposto saber tem de sempre ser enriquecido para que mantenha válida a sua inteireza e credibilidade.
P. S. Utilizei-me da forma masculina para redigir o texto, no entanto, deixo evidente que me refiro ao ser humano em sua integralidade.
João Bosco é Tarólogo, massoterapeuta e numerólogo.
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