COMPETIÇÃO FAMILIAR

A competição entre família e amigos em tese, nunca deveria existir, pois a cooperação é o melhor caminho para construir afeto.

É certo que hoje em dia, a vida profissional e familiar, é uma eterna competição. Mas existem pessoas que exageram no espírito da disputa e criam um clima de final de campeonato todas vez que encontram...

Tudo isso porque não se exercita o diálogo. Em verdade, o que presenciamos entre amigos e parentes, são as acirradas discussões, longe de ter-se a eficácia do diálogo. Diálogo e discussão, não são sinônimos.

Então vejamos:

Discussão; têm um significado de partir as coisas; é um debate onde cada qual tem o propósito de vencer o outro. No final, a discussão termina em competição. Para um ganhar, o outro tem que perder.

Diálogo, no entanto, ninguém está tentando ganhar nada de ninguém. Todo mundo ganha se alguém ganhar. Há uma espécie de jogo diferente quando se dialoga. No diálogo não estamos jogando um contra o outro, mas, TODOS COM TODOS.

Nunca queira ser o centro das atenções quando você estiver com as pessoas que você gosta. Não queira ser o maioral. Seja simplesmente um elemento da família e descobrirá que essa tranqüilidade vai transmitir segurança para todos e uma convivência mais saudável.

A competição familiar é um sentimento derivado da pobreza de imaginar que na vida somente existe lugar para um vencedor. Difere da capacidade de valorizar o outro, que provém da abundância, da riqueza, porque ninguém vai ocupar o lugar de ninguém, independentemente de cargos e papéis. Cada pessoa vai estar sempre no seu exato lugar, recebendo o reconhecimento que merece e emitindo brilho próprio.

Se você está sentindo vontade de competir com as pessoas de sua família, lembre-se: elas estão em sua vida para ser amadas, e não derrotadas. Brigas em família são como incêndios: surgem de uma fagulha insignificante e se alastram de tal forma que suas conseqüências são imprevisíveis. Uma fagulha pode causar um estrago irremediável.

Então, nós simplesmente não podemos usar a nós mesmos como medida do que é bom ou ruim, para o outro, nem mesmo se esse outro for nosso próprio filho. Simplesmente porque as pessoas são diferentes: parece óbvio, não?

Manoel Rocha Lobo
Enviado por Manoel Rocha Lobo em 22/05/2015
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