Junho: Momentos de Amor
Luiz Luna*
Dizem que maio é o mês dos casamentos. Na verdade, tudo começou há um ou mais anos, em junho, que é considerado o mês dos namorados, tempo de frio, até mesmo nas quenturas do Nordeste. Momento de se buscar um aconchego, de renovar as esperanças e abrir as portas para o amor. Até mesmo a mitologia grega e suas grandes histórias é lembrada no meio do ano, como que a nos induzir a pensar no sentimento da paixão.
E a boa filosofia das emoções nos ensina a dizer o que pensamos, lógico dentro dos padrões da moderação, do bom senso e outros bons costumes a se preservar. Também é de bom alvitre analisar a ocasião, a área em que as particularidades devem ser exibidas. No entanto, quando o assunto é o amor entre homem e mulher, não existem regras, o que fala mais alto é a conveniência, bem expressada numa música que fala do “feitiço atrativo do amor”.
Os adultos sérios e bem comportados diante do concorrido mundo dos negócios ou perante os problemas cotidianos da vida, tornando-se sonhadores, vivenciam uma verdadeira história das “mil e uma noites” quando enamorados. São sentimentos que renovam as esperanças de que o mundo tem várias faces e muitas dessas variações servem para o bem, inclusive da saúde e do espírito.
E, leiamos abaixo, o que aconteceu com um poeta no mês de junho, e ele, apaixonado e despreocupado com as limitações do tempo, expressou numa carta à pessoa amada:
“Meu anjo cedrense, um presente do Grande Arquiteto, Deus, em minha vida, poderia escrever um poema, quem sabe dar rosas vermelhas... seriam apenas detalhes no rol de expressões que podem ser efetivadas para demonstrar o que sinto por você... No entanto, resolvi presentear-lhe com palavras, não presas à métrica poética... palavras que se eternizam no tempo, frases que servem de documento, com letras sempre nossas... uma linda história de amor, estilo conto de fadas, com torcedores que durem para sempre, se apresenta. E como em toda bela história, há os vilões.
Tudo tem sido perfeito, até mesmo os pequenos/grandes obstáculos, eles nos dão a certeza do sentimento, abaliza o que queremos, nos faz refletir diante dos fatos, na frente de uma realidade que vivenciamos no dia-a-dia e de outra que buscamos construir com amor. Sim, só com amor, porque num sentido filosófico e sempre poético, é esse sentimento forte e expansivo, vivo, que dá sustentáculo à paixão, que nos faz virar criança, viver sonhos, fantasias, diante da pessoa que queremos bem.
Trouxeste-me a capacidade, renovada e poderosa, tal qual o cheiro do cedro, semelhante a teu vigor juvenil, a paz, o desejo de ser/ter, sonhar, querer, viver, estar, pensar, refletir, recomeçar, viver..., e é vivendo que a gente é feliz, aprendendo a conviver com os momentos de dor, de inveja, de tortura e até da insensibilidade alheia.
E eu queria apenas escrever algumas linhas, mas você me inspira e você é a minha inspiração. Então, meu amor, que entendas o tempo e, assim, que o tempo cristalize e solidifique essa verdade que estamos vivendo.”
Precisa dizer mais? Então, caro leitor, corra e expresse o que você sente, porque não existe o tempo específico para ser feliz, você é quem constrói essa trajetória. (Texto dedicado à Maria de Fátima)
* Jornalista e especialista em gestão de pessoas