Na Teogonia de Hesíodo, Eros está entre os deuses primordiais e filho do primeiríssimo Kháos (em grego Χάος e transliterado para Caos). Nos séculos VI e V antes de Jesus (a.J.), os heládicos concebiam Caos como “abismo hiante”, o “vazio” ou “ocupado pelo “ar”, ou seja, não tem a concepção de “desordem primitiva na qual todas as coisas estavam juntas” (CONFORD, 1952). Ao contrário, Caos traz em si uma ascendência, sendo o criador de uma nova ordem.
Ἤτοι μὲν πρώτιστα Χάος γένετ', αὐτὰρ ἔπειτα
Γαῖ' εὐρύστερνος, πάντων ἕδος ἀσφαλὲς αἰεὶ
ἀθανάτων, οἳ ἔχουσι κάρη νιφόεντος Ὀλύμπου,
Τάρταρά τ' ἠερόεντα μυχῶι χθονὸς εὐρυοδείης,
ἠδ' Ἔρος, ὃς κάλλιστος ἐν ἀθανάτοισι θεοῖσι,
λυσιμελής, πάντων τε θεῶν πάντων τ' ἀνθρώπων
δάμναται ἐν στήθεσσι νόον καὶ ἐπίφρονα βουλήν".
"Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre,
dos mortais que têm a cabeça do Olimpo nevado,
e Tártaro nevoento no fundo do chão de amplas vias,
e Eros: o mais belo entre os Deuses imortais,
solta-membros, dos Deuses todos e dos homens todos
ele doma no peito o espírito e a prudente vontade"
(HESÍODO, 2007, versos 116-122, p. 108-9).
Na tetrarquia de Hesíodo, qual seja, Caos-Géia-Tártaro-Eros, destacam-se as características indivisas de cada um desses deuses: Kháos, o prótista, o primeiríssimo, sem espaço e sem tempo; Géia eurýsternos, Terra de amplo seio, “fundamento inconcusso de tudo e de todos os Deuses Olímpios”; Tártaro, o “khásma még” = vasto abismo, sem fundo, lugar sem direção e sem fim; e Eros, o kállistos, o mais belo entre os deuses imortais, e o lysimelés (lyo = desatar, liberar + melos = membros), solta-membros. Em Kháos e na descrição de Tártaro como khásma tem-se a mesma raiz do verbo khaíno com a significação de “abrir-se; entreabrir-se; fender-se” (TORRANO, 2012, p. 31).
O qualitativo de lysimelés para Eros dá-lhe a capacidade de desatar e de liberar o corpo ou partes dele atadas, contidas, enrijecidas. Corpo atado, contido, enrijecido remete ao conceito de couraça ou armadura muscular das pesquisas de Wilhelm Reich – couraça ou armadura essa formada em decorrência das apropriações, deformações e limitações do corpo por ideologias religiosas, sociológicas, políticas, econômicas, morais:
"a couraça está disposta em segmentos, quero dizer que ela funciona de maneira circular, na frente, dos dois lados, e atrás, isto é, como um anel" (p. 331). Estes anéis, em número de sete, dispõem-se perpendicularmente ao eixo céfalo-caudal do corpo humano. Cada segmento ou anel "compreende aqueles órgãos e grupos de músculos que têm um contato funcional entre si e que podem induzir-se mutuamente a participar no movimento expressivo emocional", sendo que "um segmento termina e outro começa quando um deixa de afetar o outro em suas ações emocionais" (REICH, 1989, p. 331-2; 1988).
A qualidade em Eros de domador contrapõe-se à concepção de gerador de paixões incontroláveis; aliás, a concepção de paixão nada tem a ver com distúrbio, vício ou fraqueza, fonte do mal, conforme a concebia os estoicos e cuja moral ainda está vigente na contemporaneidade.
O Eros arcaico é o primordial, “criador do tempo” e por cujo poder criador faz brotar da terra árida e castanha luxuriante vida verdejante e sopra o espírito da vida “nas narinas das formas em barro” da espécie humana. Eros cria e faz brotar vida com suas flechas fálicas atiradas nas entranhas da Terra e não com palavra ou idéias (MAY, 1992, p.79-80, 106).
As várias genealogias de Eros, posteriores a Hesíodo, mostram a distorção do mito para adaptá-lo às concepções morais e sociopolíticas vigentes e corrompidas. Em Platão, filho de Penia (Pobreza, Penúria, Carência, na transliteração latina Penía) e Πόρος (Expediente, Esperteza, Abundância, na transliteração latina Póros), atende às concepções de Sócrates e de Platão (1945; 2005) para os quais a emoção e a paixão eram imorais, irracionais, deviam ser suprimidas e Eros era tudo isso, um excesso a ser domado, intrigante, astuto, ardiloso. Esta concepção socrático-platônica de Eros está igualmente na concepção de mundo dos estoicos.
Filho de Ares e Afrodite, Ἀφροδίτη, “enquanto filha de Zeus e Dione e, nesse caso, Eros se chama Ânteros” (BRANDÃO, 1994, p. 187). Deve-se lembrar que Afrodite, inserida na Hélade, é deusa semítica e não grega: a sua inserção na Hélade corresponde aos vários epítetos a ela atribuídos, segundo as próprias concepções e vivências dos povos heládicos.
Na genealogia Ares-Afrodite, Eros é a eterna criança, de bochechas rosadas, travessa, caracterizada por uma perversa e suposta inocência infantil inconsequente, maliciosa, dominada por uma mãe poligâmica que a utiliza para vingar-se de seus afetos e desafetos. Esse Eros infantilizado e deteriorado corresponde ao Cupido (romano).
O porquê desse Eros infantilizado e deteriorado, Afrodite tem a resposta do oráculo de Têmis, ao indagar sobre a condição do filho:
‘Amor não pode crescer sem Paixão’. Em vão a deusa se esforçou para compreender a significação oculta desta resposta. Tal sentido foi-lhe revelado com o nascimento de Ânteros, deus da paixão. Quando em companhia do irmão, Cupido crescia e florescia, tornando-se um jovem esbelto e belo; mas quando se separou de Ânteros, invariavelmente Eros retomou sua forma infantil e hábitos maliciosos (GUERBER, 1893, p. 107-8; MAY, 1992, p. 105). Tradução nossa.
Têmis, Θέμις (Thémis), dos helenos é a mesma Iustitia (Justínia) dos romanos: a deusa das leis eternas, da justiça dos deuses. A resposta da deusa à inquirição de Afrodite fundamenta como lei e justiça divinas a não separatividade entre Amor e Paixão: obviamente e como sempre, os mitos expressam em símbolos as vivências individuais e coletivas dos povos, em seus diferentes momentos históricos.
Ainda se tem, pelo menos, três outras genealogias de Eros:
1 - Eros filho de Zeus e Afrodite Pândemos. Afrodite Pândemos é a deusa de todo o povo, dos amores e amantes, cujas sacerdotisas eram as Prostitutas Sagradas.
2 - Eros filho de Hermes e Afrodite Urânia .Afrodite Urânia é a deusa nascida da espumarada feita pelo sêmen de Úrano caído no mar, decorrente de ter sido castrado pelo próprio filho.
3 - Eros filho de Hermes e Ártemis ctônia .Ártemis é a deusa caçadora, irmã gêmea de Apolo, a Indomável Virgem, Senhora das Feras, a Sagitária, caçadora e guerreira. Popularmente cognominada “A Sanguinária” devido às suas “flechas certeiras” é a deusa Diana dos romanos (BRANDÃO, 1992, p. 64, 66-7). Dessa genealogia, tem-se o Eros alado e com flechas.
A novela de Eros e da princesa Psique tem uma (re)elaboração tardia, no século II depois de Jesus (d.J), quando a Grécia estava sob domínio romano. A versão latina mais conhecida é do poeta africano Lucius Apuleius, durante o tempo em que a África estava sob domínio romano. A novela está descrita no romance Methamorphoseon, composto de 11 livros.
Comum é encontrar a corrupção interpretativa da masculinidade de Eros nos quatro tipos de homens por ele expressos, de acordo com a respectivas quatro genealogias. A imbecilização ou a infantilização interpretativa de Eros correspondem à bestialização e à infantilização de quatro tipos de homens corrompidos: em geral tais tipos corrompidos estão claramente expressos sobretudo nas novelas e nas músicas brasileiras.
Sem ser privilégio dos homens, tal bestialização de Eros igualmente está nas mulheres pela mesma corrupção interpretativa de arquétipos personalizados em Afrodite e Artemis: um dos resultados dessa bestialização é a violência histórica nas dimensões interpessoal, familiar e conjugal, aleijando ou destruindo homens e mulheres, a cada segundo e no mundo todo.
_________________________
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia grega. Petrópolis: Vozes, 1992. v. II.
_______________. Mitologia grega. Petrópolis: Vozes, 1994. v. I.
Cornford, Francis M. Principium Sapientiae: as origens do pensamento filosófico grego. Trad. Maria Manuela Rocheta dos Santos. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.
Guerber, Hélène Adeline. Myths of Greece and Rome. Nova Iorque: American Book Company, 1893.
Hesíodo. Teogonia: a origem dos deuses. Trad. José Antônio Alves Torrano. São Paulo: Iluminuras, 2007.
MAY, Rollo. Amor e vontade: Eros e repressão. Trad. Áurea Brito Weissenberg. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1992.
REICH, Wilhelm. Character Analysis. Trad. Vincent R. Carfagno. 3. ed. New York: Farrar, Straus & Giroux, 1988.
_____________. Análise do Caráter. Trad. Ricardo Amaral do Rego. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
Platão. O Banquete. In: Diálogos: Mênon, Banquete, Fedro. Trad. Jorge Paleikat. Porto Alegre: Globo, 1945.
____________. Fedro [Φαῖδρος]. Trad. Alex Marins. São Paulo: Martin Claret, 2005.
TORRANO, José Antônio Alves. A noção mítica de Kháos na Teogonia de Hesíodo. Ide, São Paulo, v. 35, n. 54, p. 29-38. 2012
Ἤτοι μὲν πρώτιστα Χάος γένετ', αὐτὰρ ἔπειτα
Γαῖ' εὐρύστερνος, πάντων ἕδος ἀσφαλὲς αἰεὶ
ἀθανάτων, οἳ ἔχουσι κάρη νιφόεντος Ὀλύμπου,
Τάρταρά τ' ἠερόεντα μυχῶι χθονὸς εὐρυοδείης,
ἠδ' Ἔρος, ὃς κάλλιστος ἐν ἀθανάτοισι θεοῖσι,
λυσιμελής, πάντων τε θεῶν πάντων τ' ἀνθρώπων
δάμναται ἐν στήθεσσι νόον καὶ ἐπίφρονα βουλήν".
"Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre,
dos mortais que têm a cabeça do Olimpo nevado,
e Tártaro nevoento no fundo do chão de amplas vias,
e Eros: o mais belo entre os Deuses imortais,
solta-membros, dos Deuses todos e dos homens todos
ele doma no peito o espírito e a prudente vontade"
(HESÍODO, 2007, versos 116-122, p. 108-9).
Na tetrarquia de Hesíodo, qual seja, Caos-Géia-Tártaro-Eros, destacam-se as características indivisas de cada um desses deuses: Kháos, o prótista, o primeiríssimo, sem espaço e sem tempo; Géia eurýsternos, Terra de amplo seio, “fundamento inconcusso de tudo e de todos os Deuses Olímpios”; Tártaro, o “khásma még” = vasto abismo, sem fundo, lugar sem direção e sem fim; e Eros, o kállistos, o mais belo entre os deuses imortais, e o lysimelés (lyo = desatar, liberar + melos = membros), solta-membros. Em Kháos e na descrição de Tártaro como khásma tem-se a mesma raiz do verbo khaíno com a significação de “abrir-se; entreabrir-se; fender-se” (TORRANO, 2012, p. 31).
O qualitativo de lysimelés para Eros dá-lhe a capacidade de desatar e de liberar o corpo ou partes dele atadas, contidas, enrijecidas. Corpo atado, contido, enrijecido remete ao conceito de couraça ou armadura muscular das pesquisas de Wilhelm Reich – couraça ou armadura essa formada em decorrência das apropriações, deformações e limitações do corpo por ideologias religiosas, sociológicas, políticas, econômicas, morais:
"a couraça está disposta em segmentos, quero dizer que ela funciona de maneira circular, na frente, dos dois lados, e atrás, isto é, como um anel" (p. 331). Estes anéis, em número de sete, dispõem-se perpendicularmente ao eixo céfalo-caudal do corpo humano. Cada segmento ou anel "compreende aqueles órgãos e grupos de músculos que têm um contato funcional entre si e que podem induzir-se mutuamente a participar no movimento expressivo emocional", sendo que "um segmento termina e outro começa quando um deixa de afetar o outro em suas ações emocionais" (REICH, 1989, p. 331-2; 1988).
A qualidade em Eros de domador contrapõe-se à concepção de gerador de paixões incontroláveis; aliás, a concepção de paixão nada tem a ver com distúrbio, vício ou fraqueza, fonte do mal, conforme a concebia os estoicos e cuja moral ainda está vigente na contemporaneidade.
O Eros arcaico é o primordial, “criador do tempo” e por cujo poder criador faz brotar da terra árida e castanha luxuriante vida verdejante e sopra o espírito da vida “nas narinas das formas em barro” da espécie humana. Eros cria e faz brotar vida com suas flechas fálicas atiradas nas entranhas da Terra e não com palavra ou idéias (MAY, 1992, p.79-80, 106).
As várias genealogias de Eros, posteriores a Hesíodo, mostram a distorção do mito para adaptá-lo às concepções morais e sociopolíticas vigentes e corrompidas. Em Platão, filho de Penia (Pobreza, Penúria, Carência, na transliteração latina Penía) e Πόρος (Expediente, Esperteza, Abundância, na transliteração latina Póros), atende às concepções de Sócrates e de Platão (1945; 2005) para os quais a emoção e a paixão eram imorais, irracionais, deviam ser suprimidas e Eros era tudo isso, um excesso a ser domado, intrigante, astuto, ardiloso. Esta concepção socrático-platônica de Eros está igualmente na concepção de mundo dos estoicos.
Filho de Ares e Afrodite, Ἀφροδίτη, “enquanto filha de Zeus e Dione e, nesse caso, Eros se chama Ânteros” (BRANDÃO, 1994, p. 187). Deve-se lembrar que Afrodite, inserida na Hélade, é deusa semítica e não grega: a sua inserção na Hélade corresponde aos vários epítetos a ela atribuídos, segundo as próprias concepções e vivências dos povos heládicos.
Na genealogia Ares-Afrodite, Eros é a eterna criança, de bochechas rosadas, travessa, caracterizada por uma perversa e suposta inocência infantil inconsequente, maliciosa, dominada por uma mãe poligâmica que a utiliza para vingar-se de seus afetos e desafetos. Esse Eros infantilizado e deteriorado corresponde ao Cupido (romano).
O porquê desse Eros infantilizado e deteriorado, Afrodite tem a resposta do oráculo de Têmis, ao indagar sobre a condição do filho:
‘Amor não pode crescer sem Paixão’. Em vão a deusa se esforçou para compreender a significação oculta desta resposta. Tal sentido foi-lhe revelado com o nascimento de Ânteros, deus da paixão. Quando em companhia do irmão, Cupido crescia e florescia, tornando-se um jovem esbelto e belo; mas quando se separou de Ânteros, invariavelmente Eros retomou sua forma infantil e hábitos maliciosos (GUERBER, 1893, p. 107-8; MAY, 1992, p. 105). Tradução nossa.
Têmis, Θέμις (Thémis), dos helenos é a mesma Iustitia (Justínia) dos romanos: a deusa das leis eternas, da justiça dos deuses. A resposta da deusa à inquirição de Afrodite fundamenta como lei e justiça divinas a não separatividade entre Amor e Paixão: obviamente e como sempre, os mitos expressam em símbolos as vivências individuais e coletivas dos povos, em seus diferentes momentos históricos.
Ainda se tem, pelo menos, três outras genealogias de Eros:
1 - Eros filho de Zeus e Afrodite Pândemos. Afrodite Pândemos é a deusa de todo o povo, dos amores e amantes, cujas sacerdotisas eram as Prostitutas Sagradas.
2 - Eros filho de Hermes e Afrodite Urânia .Afrodite Urânia é a deusa nascida da espumarada feita pelo sêmen de Úrano caído no mar, decorrente de ter sido castrado pelo próprio filho.
3 - Eros filho de Hermes e Ártemis ctônia .Ártemis é a deusa caçadora, irmã gêmea de Apolo, a Indomável Virgem, Senhora das Feras, a Sagitária, caçadora e guerreira. Popularmente cognominada “A Sanguinária” devido às suas “flechas certeiras” é a deusa Diana dos romanos (BRANDÃO, 1992, p. 64, 66-7). Dessa genealogia, tem-se o Eros alado e com flechas.
Comum é encontrar a corrupção interpretativa da masculinidade de Eros nos quatro tipos de homens por ele expressos, de acordo com a respectivas quatro genealogias. A imbecilização ou a infantilização interpretativa de Eros correspondem à bestialização e à infantilização de quatro tipos de homens corrompidos: em geral tais tipos corrompidos estão claramente expressos sobretudo nas novelas e nas músicas brasileiras.
Sem ser privilégio dos homens, tal bestialização de Eros igualmente está nas mulheres pela mesma corrupção interpretativa de arquétipos personalizados em Afrodite e Artemis: um dos resultados dessa bestialização é a violência histórica nas dimensões interpessoal, familiar e conjugal, aleijando ou destruindo homens e mulheres, a cada segundo e no mundo todo.
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REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia grega. Petrópolis: Vozes, 1992. v. II.
_______________. Mitologia grega. Petrópolis: Vozes, 1994. v. I.
Cornford, Francis M. Principium Sapientiae: as origens do pensamento filosófico grego. Trad. Maria Manuela Rocheta dos Santos. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.
Guerber, Hélène Adeline. Myths of Greece and Rome. Nova Iorque: American Book Company, 1893.
Hesíodo. Teogonia: a origem dos deuses. Trad. José Antônio Alves Torrano. São Paulo: Iluminuras, 2007.
MAY, Rollo. Amor e vontade: Eros e repressão. Trad. Áurea Brito Weissenberg. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1992.
REICH, Wilhelm. Character Analysis. Trad. Vincent R. Carfagno. 3. ed. New York: Farrar, Straus & Giroux, 1988.
_____________. Análise do Caráter. Trad. Ricardo Amaral do Rego. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
Platão. O Banquete. In: Diálogos: Mênon, Banquete, Fedro. Trad. Jorge Paleikat. Porto Alegre: Globo, 1945.
____________. Fedro [Φαῖδρος]. Trad. Alex Marins. São Paulo: Martin Claret, 2005.
TORRANO, José Antônio Alves. A noção mítica de Kháos na Teogonia de Hesíodo. Ide, São Paulo, v. 35, n. 54, p. 29-38. 2012