Vinde povos, colher flores...
...colher flores, cantar hinos de alegria... - e aí, falava-se nos amores, ou dores, mas se fechava a rima era com Maria. Uma beleza, a cantoria, que parece, seguia a gente que se compungia inebriada na fragrância que das flores pela igreja recendia - a ponto de encobrir o ranço do azeite que queimava na luzinha do Santíssimo.
E as meninas, feito anjinhos, vestes imaculadas, suas asas, suas tiaras, cantando, iam rompendo a nave, pacientementemente, rumo ao altar para a virgem coroar. Era de cativar.
Pruzói, pruzovido, pra qualquer sentido, era tudo muito tão belo, tão solenemente divertido, aquele sacro-alarido. E no entanto, será que não me ouvia a invocação nenhum santo, que pra festa ser completa, não podiam servir à gente um canudo*?
*O canudo era aquele conezinho de massa de pastel (maná do céu) recheado de doce de leite (mais antegozado deleite).