O PAPAI NOEL OFICIAL DO NORDESTE GOIANO

De segunda a sexta, Charles Antônio vive uma rotina atribulada. Chefe de Gabinete do vice-governador José Eliton (PP), é ele quem articula encontros com deputados, prefeitos, lideranças políticas de todos os quilates. Atende e faz mil telefonemas todos os dias. Filtra os assuntos e estende o tapete vermelho para José Eliton passar, sem tropeços.

Quem conhece o gabinete da vice-governadoria, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sabe da competência e do dinamismo de Charles. Essa é sua vida diária há três anos.

O que pouca gente sabe é que, desde 2011, ele foi nomeado o Papai Noel oficial da Região Nordeste de Goiás, da qual José Eliton é oriundo. Todos os anos, no final de dezembro, o vice-governador cumpre um ritual: ao lado da esposa, Fabrina Muller, e de parte da equipe da OVG, distribui presentes às crianças de cidades como Alvorada do Norte, Simolândia, Posse, Flores de Goiás e Iaciara, entre outras da região.

Mas a figura que rouba a cena é o Papai Noel, encarnado por Charles. “É uma realização muito grande. É gratificante olhar nos olhos das crianças e ver o sorriso estampado”, afirma.

A rotina de Bom Velhinho começa uns quinze dias antes da entrega dos brinquedos. “Tem toda uma logística que é montada. Enviamos os brinquedos às cidades, contactamos os prefeitos e as lideranças políticas da região, mobilizamos um grande pessoal para organizar tudo”, conta Charles. “Só depois desta parte concluída é que entra em cena o Papai Noel”.

Um dia na vida do Papai Noel

Charles Antônio acorda às 6h, escova os dentes, toma banho e café da manhã. Olha no relógio. É preciso apressar. Abre a mala e retira sua fantasia de super herói. É o momento da transição. Sai de cena o Chefe de Gabinete do segundo homem mais poderoso de Goiás. Quem assume é o ser mais amado pelas crianças do mundo: o Papai Noel em todas as suas facetas: barba branca, gorro e macacão vermelhos, bota preta impecável. É preciso improvisar uma boa barriga e testar uma voz mais grave e generosa.

Papai Noel está pronto. O saco vermelho abarrotado de balas e pirulitos. Milhares de crianças esperam ansiosas. É o momento que Charles se sente herói: vê desaparecer as angústias e burocracias do cotidiano. Só consegue ver a magia do Natal, o encanto estampado no sorriso da pequena garotinha de Sítio D´Abadia ou do emocionado menino de Nova Roma, cidades que o mundo parece ter esquecido, de tão distantes e de tão poucas possibilidades.

Dentro de sua fantasia de Papai Noel, Charles está seguro. É o herói da criançada. Tem o poder paterno de fazer brotar sorrisos e lágrimas de emoção. Em Mambaí e em Nova Roma, por exemplo, sua chegada, de helicóptero, encantou a criançada, que correu à rua para saldar o morador ilustre do Polo Norte, que traz alegria em forma de presente. Em Damianópolis, tirou centenas de fotos com os meninos. Em Alvorada do Norte, desfilou pelas ruas em uma caminhonete da Polícia Militar. Saudava as crianças e era saudado por elas. Em Sítio D´Abadia, percorreu as ruas da pacata e antiga cidade, sobre um trio elétrico. O encanto produzido era o mesmo: emoção e euforia.

“Natal é momento de reflexão, de luz, de ter paz no coração. Sinto-me iluminado por encarnar o Papai Noel e, junto com o Governo de Goiás, proporcionar alegria a tantas crianças”, finaliza Charles Antônio, conhecido em dezembro como o Bom Velhinho.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 21/12/2013
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