Masturbação é pecado?
Masturbação é pecado?
Antônio Mesquita Galvão
Doutor em Teologia Moral
Os dicionários profanos definem a masturbação como o ato ou efeito de masturbar(se), ou seja, praticar a estimulação manual dos órgãos genitais que geralmente leva ao orgasmo; também conhecida como auto-erotismo. O termo masturbação foi usado pela primeira vez em 1898, pelo médico inglês Dr. Havelock Ellis († 1939), fundador da psicologia sexual, e origina-se de duas palavras latinas: manus (mãos), e turbari (esfregar).
Muito já se falou e escreveu sobre a masturbação, especialmente após a “revolução sexual” originada na psicanálise de Freud († 1939). Em face disso, é possível alguém perguntar o porquê da necessidade de escrever mais sobre o assunto. No meu caso, trata-se de uma “tarefa escolar” dentro de uma pós-graduação (em nível de doutorado) em Teologia Moral, disciplina que estuda, entre outros tópicos, a sexualidade humana e eventuais pecados e desajustes dela decorrentes.
Segundo a Igreja Católica, a teologia moral é a parte da Teologia católica “que se ocupa do estudo sistemático dos princípios éticos da doutrina sobrenatural revelada, aplicando-os em seguida à vida quotidiana do católico e da Igreja”. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática. Mas, apesar disso, muitas vezes ela também está associada à teologia prática
A revolução sexual (também conhecida globalmente como uma época de “liberação sexual”) é uma perspectiva social que desafia os códigos tradicionais de comportamento relacionados à sexualidade humana e aos relacionamentos interpessoais. O fenômeno ocorreu em todo o mundo ocidental por uma década, dos anos 60 aos ’70. Muitas das mudanças no panorama desenvolveram novos códigos de comportamento sexual, muitos dos quais tornaram-se a regra geral de comportamento social.
A liberação sexual incluí uma maior aceitação do sexo fora das relações heterossexuais e monogâmicas tradicionais (principalmente do casamento. A contracepção, a pílula e a nudezs em público, a tolerância à homossexualidade e a liberação da masturbação como normalidade, outras formas alternativas de sexualidade e a legalização do aborto foram fenômenos que começaram a ganhar força nas sociedades ocidentais. O termo “revolução sexual” vem sendo utilizado há várias décadas, desde meados do século passado e é muitas vezes atribuído como sendo influenciado pelas teorias de Freud sobre a liberação sexual e as questões psicossexuais.
No tocante à masturbação, mesmo que muito se tenha falado no tema, há novas maneiras de pensar o problema, bem como a experiência de analistas, psicólogos, psiquiatras e confessores, no contato diário com pessoas que a praticam, por um motivo ou outro, a masturbação. Esse estudo fornece aos especialistas vários insights sobre a psicologia da masturbação, a partir do estudo mais aprofundado e multidisciplinar da sexualidade humana. O que muitos chamam de vício pode ser um condicionamento ou, até quem sabe, a manifestação de um desajuste de conduta.
O fato é que a sexualidade e o pecado foram vistos, durante muito tempo, como instâncias afins. Sendo assim, o comportamento social carece de uma permanente avaliação de pecado, sob a ótica dos textos escriturísticos e da tradição do comportamento. A pulsão e a com-pulsão fogem muitas vezes do âmbito do normal para ingressar no campo do patológico ou do pecado. É preciso identificar esses caminhos.
Deste modo, a moral explicita como exigência o que a natureza mesma da sexualidade postula um amor que se encarna nos gestos corporais para moderar o dinamismo cego da pulsão. Eticamente, será positivo todo o comportamento que ajude a consecução dos objetivos morais propostos (E. L. AZPITARTE, Ética da sexualidade e do matrimônio, Ed. Paulus, 1997).
A partir da punição imposta a Onã, o “desperdício” voluntário de esperma passou a ser visto como um pecado grave, punido, algumas vezes, com pena de morte. Os grandes responsáveis por este fenômeno foram a Igreja Católica, através das teorias do teólogo Santo Tomás de Aquino († 1274), que a classificou como pecado contra a natureza, pior mesmo do que o incesto e o adultério.
Dizer que os pecados contra “santa castidade” são capazes de excluir as pessoas da comunhão com Deus porque “os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (cf. Gl 5,21) é omitir que para São Paulo a mesma consequência produzem as discórdias, rixas, divisões, iras e ciúmes, que em geral não alcançam em nossa moral idêntica condenação. Ainda que as faltas contra a pureza surjam como pecados importantes, nem sempre os pecados contra a caridade e a solidariedade são vistos como ruptura contra a lei de Deus.
Perante o fenômeno da masturbação, existe ainda o perigo de serem mantidas duas atitudes extremistas e radicais. De um lado há os que continuam sob obsessão do tema, como se tratasse do problema básico e mais importante da vida cristã. Mantêm-se preocupação constante para evitar, a qualquer preço, toda a experiência relacionada com esse gesto. E se esquecem que a castidade não consiste na simples ausência de semelhante manifestação, mas no amadurecimento progressivo e integrado da libido, que pode estar ausente numa pessoa aparentemente “casta” quando se reprimiu seu comportamento pelo medo ou por excessiva dose de culpabilidade.
Alguns psicólogos defendem a masturbação na adolescência como fundamental para o autoconhecimento e a vida sexual, assim como para a realização das fantasias sexuais, e nos casos de ausência de um relacionamento sexual, desde que não se torne uma obsessão. Em caso contrário, o adolescente que se entrega à masturbação de forma exacerbada, só, em dupla ou em grupo, corre o risco de criar problemas incontroláveis para uma vida sexual equilibrada, na idade adulta. De um lado, em vista dos exageros e excessos de outras épocas, é fácil cair no extremo contrário, apresentando a masturbação como fato carregado de valores positivos, benéfica e até obrigatória. O único perigo consistiria no falso sentimento de culpabilidade, que se deveria excluir com educação adequada, longe de quaisquer puritanismos ou mentalidades retrógradas. Não mais se lhe deve dar exagerada importância, a não ser que se trate de algum sintoma patológico, no campo da fisiologia ou da moral.
Admitir malícia a priori nesse comportamento iria contra as conclusões mais unânimes da ciência moderna. Alguns autores cristãos, especialistas em moral, manifestam-se liberais quanto ao assunto:
Ora, a masturbação durante a adolescência não só tem a função de satisfazer ao desejo ou aliviar a tensão sexual, mas também ajuda a conhecer o próprio corpo, permite satisfazer determinadas necessidades na fantasia, favorece a auto-estima e a percepção do próprio valor, e inclusive serve, às vezes, para superar outros tipos de tensões, ansiedades, etc. (F. LÓPEZ-FUNTES, Para compreender la sexualidad, Verbo Divino, Estella, 1989, 83)
Na continuidade, o moralista espanhol AZPITARTE complementa essa assertiva, no sentido de uma compreensão mais clara:
O que se depreende do debate é que a responsabilidade moral não deve recair tanto sobre os atos concretos e determinados que uma pessoa leva a efeito no decorrer de sua vida. O caminho correto seria avaliar a atitude básica da pessoa, em vista de seu amadurecimento humano e sexual (AZPITARTE. Op. cit.).
Esse amadurecimento é contemplado no ser humano, em diversas esferas. Há quem seja maduro para assumir negócios e compromissos e não o seja com relação a coisas menores, medos e traumas de infância mal resolvidos. Conheci um homem, policial, que não tinha medo de bandidos e marginais, mas sofria de pânico na frente de um rato. Isso evidencia que a pessoa pode ser madura para algumas coisas e infantil para outras.
Ainda que a impureza surja como pecado importante, nem sempre é fácil deduzir de afirmações correlatas a dose de culpabilidade que encerra determinado comportamento segundo a divisão de pecado mortal e venial. Ao invés do medo e dos complexos de culpa, e a partir do ponto de vista negativo, o pecado consistirá na busca desumanizante, egoísta e privada desses conteúdos. Toda falta se converte, por este motivo, em individualização isolante da sexualidade, enquanto essa desintegra e rompe o sentido relacional ou mantém paralisada sua evolução.
A ética sexual tem, portanto, o dever de tornar fundamental a ruptura de todo narcisismo. Mas como avaliar a importância desses comportamentos negativos? As duas fontes da moral católica foram sempre a Palavra de Deus explicada pela Igreja e a reflexão humana sobre as exigências da Lei Natural (AZPITARTE. Op. cit.).
No entanto, quando queremos catalogar a gravidade de um pecado, não basta recorrer com ingenuidade ao fundamentalismo de algumas interpretações da Escritura, pois as categorias em que elas se movem podem, muitas vezes não corresponder aos nossos valores morais e culturais. Em tudo há que se buscar o aprumo temporal, espacial e causal. Cada época possui seu zeitgeist que deve ser compulsado com a realidade psicossocial da sociedade.
Quando elaborávamos este tópico, uma tarefa universitária inserta no doutorado em Teologia Moral conversamos com vários sacerdotes, de diversos lugares, faixas etárias distintas e tempos diferentes de ordenação, sobre o assunto. Sintomaticamente, os mais idosos, a maioria ordenada antes do concílio Vaticano II (que não se manifestou especificamente sobre o assunto), todos foram unânimes em tipificar a conduta masturbatória como uma falta grave, pecado mortal e impeditivo de aproximação da Eucaristia. Tais pessoas consultadas classificam a masturbação como desvio de conduta, tentativa deliberada e consciente de romper com Deus, bem como um clássico ato de malícia.
Teólogos, professores de doutrina e formadores em geral, são menos radicais. Preferem uma análise casuísta, ou seja, cada caso deve ser julgado sob a ótica de suas próprias características, evitando-se os extremos do “é pecado sempre” ao “não é pecado nunca”. Entram aí, em jogo, os aspectos psicossociais capazes de influenciar o comportamento, ocasionando a perda da liberdade de decidir, sob a pressão de tensões, compulsões e outros traumas que podem obliterar uma visão mais ética, impedindo o julgamento adequado. Concordamos com essa posição intermediária!
No outro extremo, contemplamos a posição de padres jovens, de menos idade, dessa geração que tem um convívio mais estreito com jovens, membros de movimentos eclesiais, etc. Esse segmento é mais liberal, interpretando a tipificação do ato de malícia, sob a luz escriturística quando referir-se ao “não cometer adultério”. Embora reconhecendo a masturbação como um ato de egoísmo, onde o praticante traz o prazer sexual absoluto a si e o fecha a outra pessoa (parceiro, cônjuge, etc.). Os entrevistados dessa terceira classe foram quase que unânimes em tipificar a masturbação, não como uma ofensa a Deus, classificando-a como erro de conduta.
Curiosamente, um padre consultado, homem de seus trinta e poucos anos, afirmou que, por não prejudicar ninguém, já que o ato era solitário, a masturbação não devia ser vista como pecado, mas como mero desajuste. Esse mesmo padre, um mês depois, falando aos jovens de sua comunidade, enfatizou a característica pecaminosa daquele ato.
Algumas escolas psicológicas defendem a masturbação na adolescência como essencial para o autoconhecimento do corpo, das zonas erógenas e da sua resposta sexual, para o exercício das fantasias sexuais, e nos casos de impossibilidade de se ter um relacionamento sexual, desde que não seja em excesso ou se torne numa obsessão. As práticas de masturbação denotam uma forte atitude de egoísmo. Por um motivo ou outro a pessoa se fecha à relação normal, jogando-se ao engano das fantasias. Ao contrário, instaura-se nela uma tendência a se fechar em si mesma e a não buscar soluções mais adultas para os problemas dos quais nasce o impulso.
Sendo um tema ainda muito envolto em tabu, numa vergonha disfarçada de privacidade e acerca do qual os pais não se sentem à vontade para falar com os filhos, a masturbação é um tópico especialmente sensível, conforme afirma psicoterapeuta portuguesa Maria Inês Batata (in: Sexualidade Geral, Lisboa, 2007):
A masturbação geralmente é acompanhada de fantasias que podem variar largamente em assunto, intensidade e nos participantes. Em sua origem, as fantasias são uma simulação do que a criança acredita que ocorre entre os pais a portas fechadas. A agressividade pode estar envolvida nessas fantasias, como por exemplo, situações de espancamento. A submissão à agressão sofrida na fantasia pode ser vista e sentida como passividade feminina à figura do pai. A satisfação sexual é a de união e aceitação com estes pais.
Mas como acontece com as outras funções fisiológicas como o hábito de se alimentar, o de urinar e de evacuar, a aprendizagem sexual também é sujeita às normas sociais, sendo a masturbação até mesmo inibida, de acordo com a cultura em que a pessoa foi criada. As fantasias e atitudes sexuais das mulheres, principalmente, são muito frequentemente inibidas como proteção à iniciação sexual precoce e à gravidez indesejada.
Na Bíblia, Livro do Gênesis, capítulo 38 vemos que Onã foi condenado por Deus. Condenado porque razão? Na verdade, o pecado de Onã foi o egoísmo de não querer gerar um filho que não fosse carregar seu próprio nome e sim o do irmão, o esperma no chão é só um detalhe. Pela lei ele deveria gerar um filho na cunhada viúva, para que a descendência do irmão tivesse continuidade nele. No auge da relação com a cunhada viúva ele interrompia o ato sexual, permitindo quem sua semente fosse derramada na terra. Ao se negar a participar daquele processo de reprodução, ele violou os preceitos de lei judaica, sendo por isto condenado.
Nos dicionários laicos vamos encontrar o onanismo como a interrupção do coito antes da ejaculação, do tipo coito interrompido. Onanismo também aponta para a masturbação, um tipo de auto-erotismo, ou seja a manipulação manual masculina, vista também como quiromania (manipular algo com as mãos).
Analisando detidamente, os textos da Bíblia, no tocante ao mandamento relativo aos desvios da sexualidade, encontramos “não adulterarás”, ou seja, “não cometer adultério”, que é a relação sexual com pessoa casada. O adultério, em grego é representado pelo verbete pornéia. O fato é que o sexto mandamento foi grafado em suas origens, conforme vimos, como “Não cometeras adultério”. Posteriormente, alguns séculos depois de Cristo (IV d.C.), a Igreja Católica Romana ampliou a norma judaica, adaptando-a para “Não pecar contra a castidade”, mais abrangente e também mais restritiva
Ora – dizem certas correntes – a masturbação, por não aparecer explicitamente sancionada na Bíblia, não ofende a Deus, e como é um ato praticado solitariamente, não prejudica ninguém. Assim sendo, concluem, não há pecado, nem deve, por isso gerar complexos de culpa ou traumas maiores.
Do indivíduo que fosse total e absolutamente maduro em todos os compartimentos de sua estrutura psicológica, se poderia cobrar um comportamento ordenado e harmonioso em todos os terrenos de sua atividade. A masturbação praticada por pessoas adultas sempre evidencia uma falta de maturidade, exceto para aquelas pessoas privadas da possibilidade de uma relação normal com pessoas do sexo oposto. Como, no entanto, isto não ocorre, observa-se apenas uma tentativa desse amadurecimento global, o que provoca situações ambíguas que devem ser julgadas com benevolência pelo confessor, pelos amigos, pelo moralista e especialmente por sua família, a quem cabe o suporte básico do comportamento.
Por moralista aqui se subentende o especialista em Teologia Moral. Sobre tão controverso tema, o Catecismo da Igreja Católica, forjado naquela ortodoxia made in Roma, assim se manifesta:
Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram, sem hesitação, que “a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado”. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade. Aí o prazer sexual é buscado fora da “relação sexual exigida pela ordem moral, que realiza, no contexto de um amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana. Para formar um justo juízo sobre a responsabilidade moral dos sujeitos e orientar a ação pastoral, dever-se-á levar em conta a imaturidade afetiva, a força dos hábitos contraídos, o estado de angústia ou outros fatores psíquicos ou sociais que minoram ou deixam mesmo extremamente atenuada a culpabilidade moral” (Catecismo da Igreja Católica – CIC 2352).
Segundo algumas fontes da Moral, no terreno do pecado, a masturbação, conforme a doutrina católica pode constituir uma grave desordem moral, principalmente porque implica no uso da faculdade sexual numa maneira que contradiz essencialmente a sua finalidade, não estando ao serviço do amor e da vida conforme o plano de Deus.
A moral tradicional esclareceu com exatidão os pecados nessa matéria. Qualquer comportamento isolado e solitário (masturbação) ou com pessoas do mesmo sexo (homossexualismo), sem amor (prostituição) ou sem estar já institucionalizado (relações pré-matrimoniais), que neguem a procriação (anticonceptivos), ele considera sempre como pecaminoso (AZPITARTE. op. cit.).
A masturbação pode ser um fato normal, quando representar um desafogo da ansiedade, um alívio às tensões psicológicas, um lenitivo à solidão ou um ato de curiosidade. Torna-se patologia nos indivíduos que tenham compulsão repetitiva (vício) e naqueles que, podendo ter relações sexuais normais, adotam essa alternativa. Seria pecado (e é difícil de caracterizar) no caso em que o agente o fizesse com o fito específico de ofender a Deus. Na maioria dos casos, a masturbação deve ser mais preocupação do psicoterapeuta do que do confessor.
A prática da masturbação muitas vezes pode causar danos psicológicos, patológicos ou de compulsão sexual. Levando a quem a pratica a fechar-se em si mesmo como fuga. Podendo assim usar esse meio como válvula de escape para fugir dos problemas e das tensões. Muitas vezes, os relacionamentos afetivos mal resolvidos podem levar à prática da masturbação pela falta de amor de pai, mãe, abusos sexuais, fobias, etc.
Em muitos casos a masturbação evidencia um estado de patologia psíquica que pode prejudicar e comprometer o desenvolvimento de uma sexualidade normal no futuro. Isso quer dizer que em muitos casos é necessária a ajuda psicológica para que se consiga abandonar esse vício.
Este assunto, nos dias de hoje, perdeu espaço, tanto no campo da fisiologia (estudos médicos), da psicologia (pesquisa dos fenômenos da mente) como da teologia (ciência da religião). Do jeito que as coisas se dispõem, parece que no futuro essa questão será vista como algo sem a maior importância.
É hoje frequente colocar em dúvida ou negar explicitamente a doutrina do Magistério da Igreja, que considera a masturbação como uma grave desordem moral. Apoiando-se na psicologia ou na sociologia, há quem procure demonstrar que se trata de um fenômeno normal da sexualidade, sobretudo na juventude, e que portanto dar falta real e grave senão na medida em que deliberadamente se procura o prazer (R. Sada e outro. Curso de Teologia Moral. Ed. Rei dos Livros, Lisboa, 1990).
Como se nota, mesmo assim a maioria dos especialistas não chega a conhecer com exatidão o grau de desajuste psíquico ou de pecaminosidade de cada pessoa. Isto não deve ser motivo de angústia ou preocupação para o formador, conselheiro, diretor espiritual ou confessor. O que importa é saber tratar-se de uma pessoa humana, em algum tipo de crise, que ama a Deus e que mantém o coração aberto a ele. É isto que importa. E quem não tiver pecado, atire a primeira pedra!
Trabalho acadêmico que o autor apresentou em 2004 no Doutorado em Teologia Moral, sob o título “Masturbação: Pecado? Desajuste? Ou um ato normal?”. .